Qualidade da água no Vale do Sorraia acima da média nacional

A qualidade da água da rede pública, distribuída em três dos quatro concelhos do Vale do Sorraia pela empresa Águas do Ribatejo, tem uma qualidade cerca de 1% superior à média nacional, anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas Residuais (ERSAR) no seu relatório anual.

De acordo com os dados disponibilizados pela ERSAR a média a água da torneira em Portugal Continental, é de excelente qualidade, podendo garantir-se à população que pode beber água da torneira com confiança. O indicador de “Água Segura” na torneira dos consumidores em 2020 foi de 98.85%, sendo que no Vale do Sorraia, nomeadamente nas análises efectuadas nos concelhos de Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente, a média foi de 99.60%.

Com estes valores, a Águas do Ribatejo mantém a sua evolução positiva desde 1993 e a permanência no patamar de excelência desde 2015.

No universo da Águas do Ribatejo, entidade gestora dos Sistemas de Abastecimento de Água nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas, que abastece cerca de 150 mil habitantes da região, o valor de água segura é de 99,59% com um universo de 6070 análises realizadas com valores paramétricos.

Em Mora, cuja distribuição da água da rede pública é da responsabilidade da Câmara Municipal de Mora, a percentagem de “água segura” é de 99,54%, também acima dos valores médios nacionais.

“No ano de 2020, a ERSAR realizou 21 acções de fiscalização para verificar o cumprimento dos requisitos legais do regime da qualidade da água para consumo humano (57 % na região Norte, 29 % na região Centro e 14 % na região Alentejo). Refira-se que este número de acções de fiscalização foi condicionado pelo estado de emergência e pelos confinamentos obrigatórios resultantes da pandemia de Covid-19”, diz a entidade reguladora no comunicado.

A entidade sublinha que, apesar dos desafios colocados pela Covid-19, “…foi possível manter a segurança da água da torneira graças à cooperação inexcedível entre as entidades gestoras, a entidade reguladora ERSAR, as autoridades de saúde, os laboratórios e demais intervenientes no processo de controlo da qualidade da água”.

“Esta cooperação permitiu que os programas de controlo da qualidade da água (PCQA) aprovados pela ERSAR fossem implementados por todas as entidades gestoras dos sistemas públicos de distribuição sem alterações significativas e, acima de tudo, sem qualquer prejuízo para o controlo da qualidade da água destinada ao consumo humano e, por inerência, para a protecção da saúde humana”, conclui.