Protecção Civil de Benavente visita este sábado idosos do lar ilegal de Samora Correia que estão em Fátima

16 Janeiro 2021, 10:29 Não Por João Dinis

Uma equipa da Protecção Civil de Benavente irá este sábado visitar o Centro Espiritual Francisco e Jacinta Marto, em Fátima, onde se encontram os 35 utentes do Lar ilegal de Samora Correia, que esta quinta-feira, 14 de Janeiro foi evacuado, em virtude de ali ter sido detectado um surto de Covid-19.

Esta visita técnica, que servirá também para apurar as circunstâncias em que se deu a receção dos idosos, surge na sequência de relatos de familiares de uma utente, de que os idosos transferidos não teriam a ter os cuidados adequados, com Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, a afirmar que sentiu algum “desgosto” pela forma como são colocadas publicamente questões que exigem “sentido de responsabilidade”, tanto mais que, dado o avolumar de situações, há um “desgaste” em todos os que têm de lidar com elas.

O autarca, que assegura que no momento todos os idosos estão a receber os cuidados necessários, admite que possam ter existido alguns atrasos, no que seria o tempo ideal para a transferência dos idosos, mas que ainda assim as equipas tudo fizeram para transferir com rapidez e o menor transtorno possível os 35 idosos, com idades entre os 70 e mais de 90 anos.

Sobre a necessidade da transferência dos idosos, para esta área de retaguarda em Fátima, solução encontrada pela Protecção Civil, Autoridade de Saúde local e Segurança Social, Carlos Coutinho referiu que apesar dos relatos e testemunhos dos familiares dos idosos serem de bom tratamento no lar, a grande maioria dos 44 idosos que residiam no lar que não tinha licenciamento da Seguraça Social, estava separada apenas por uma cortina, o que não permitia o isolamento adequado que a situação exige.
A casa de acolhimento conhecida como Cantinho Sénior tinha 44 utentes, cerca de 12 no edifício principal e os restantes num anexo, com 200 metros quadrados, que foi adaptado e onde dormiam num espaço amplo, apenas separado por cortinas, condições que terão facilitado o contágio e que não poderiam assegurar o acompanhamento que se impõe face à doença.

Quanto às preocupações em relação ao acolhimento findo o período de quarentena, Carlos Coutinho assegurou que o município está disponível para ajudar a encontrar soluções, salientando que “cada passo deve ser dado no seu momento”, sendo agora altura de assegurar que os idosos têm garantidos todos os cuidados.


João Dinis com Agência Lusa

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