Presidente da Câmara de Benavente pede união na luta pela saúde no concelho

8 Outubro 2022, 21:49 Não Por João Dinis

O Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, pede união em torno da luta pelas questões da saúde em Benavente, afirmando que nesta luta “as pessoas não podem ter uma associação de conotação política”, pois “o problema é de tal maneira grave que há espaço e é preciso é que as movimentações possam acontecer sem que possamos encarar nisso que estamos a atacar o Governo A ou o Governo B…

Para Carlos Coutinho, “o problema tem tal dimensão que a perspectiva que temos de ter é a defesa de um direito, independentemente de quem está a governar, se é o Governo PS que está neste momento com esta responsabilidade, como se fosse outro qualquer que lá estivesse, a atitude das pessoas tem, julgo eu, que ser nesse sentido”, de lutar pelos problemas e não “ter aqui pruridos de não vou fazer porque estarei aqui a beneficiar uns problemas”.

Temos que ter mente aberta e com a consciência de que temos que defender algo que é nosso e que se não fizermos por isso podemos num próximo futuro ver este sistema nacional de saúde tal como fomos convivendo com ele perdido, porque corre esse risco” alerta o autarca.

O autarca, que tem estado sempre em todas as manifestações que se têm efectuado em Benavente na luta de melhores condições para o Centro de Saúde local, reforça que a situação vivida em Benavente, que prejudica também as freguesias de Barrosa e Santo Estevão, “é um problema de grande gravidade e que afecta muitas pessoas”, pelo que assume que “há momentos em que não chega só as pessoas fazerem ouvir a sua revolta”, mas é preciso que todos estejam unidos em torno do encontro de uma solução.

A falta de médicos de família em Benavente é talvez um dos maiores problemas da freguesia, “todos nós sabemos, por experiência própria, que um médico é quase como um confidente do utente e o médico que nos acompanha durante anos, que nos conhece, que conhece a nossa evolução clínica”, refere Carlos Coutinho, considerando que “isso é um factor determinante para que, em termos de saúde, cada um possa estar minimamente defendido”, “e quando isso não se cumpre, podemos ver agravar os problemas e um pequeno problema de saúde, que poderia ser aqui resolvido, vai tornar-se mais significativo e ter outros custos ao Serviço Nacional de Saúde”, exemplifica.

Carlos Coutinho diz ainda não rever uma sociedade em que “quem tem dinheiro, tem médico de família, quem não tem fica excluído”, “rejeito completamente essa situação”.

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