Um grupo de “cidadãos do concelho de Almeirim”, lançou no final da semana um abaixo assinado, endereçado ao Presidente da Câmara Municipal de Almeirim, Assembleia Municipal de Almeirim, Administração da Ecolezíria, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Ministério do Ambiente e Ação Climática e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, exigindo “medidas concretas e urgentes relativamente ao aterro sanitário localizada na freguesia da Raposa, junto à Estrada Nacional 114, gerido pela empresa Ecolezíria”.
A petição surge depois do incêndio ocorrido a 23 de abril, “um episódio que se soma a anos de maus cheiros intensos”, e que consumiu toneladas de monos que ali se encontravam armazenadas, provenientes dos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos.
Fartos de “promessas que não foram cumpridas com os constantes adiamentos do seu encerramento”, os peticionários procuram agora conhecer o impacto ambiental e na saúde da população através de uma inspeção dos órgãos competentes.
Embora tenha encerramento previsto até final do ano, os peticionários, que são já mais de 230, pedem “uma data concreta” para o encerramento definitivo do aterro, “acompanhado de um plano de transição claro”, que pretendem que seja devidamente comunicado à população do concelho de Almeirim e, em particular, à freguesia da Raposa, exigindo total transparência por parte da Câmara Municipal de Almeirim e da empresa intermunicipal Ecolezíria.
Fundamentando a sua petição com o Decreto-Lei n.º 102-D/2020, de 10 de dezembro, que estabelece o regime geral de gestão de resíduos, os peticionários consideram que “existem fundamentos legais e ambientais claros para requerer o encerramento urgente do aterro localizado na freguesia da Raposa”.
“A população da Raposa e do concelho de Almeirim tem sido sistematicamente desconsiderada”, consideram, alertando para “os possíveis riscos para a saúde pública, os impactos ambientais e a perceção de degradação da qualidade de vida” que consideram ter atingido “o limite do aceitável”.