População de Muge chocada com o homicídio deste domingo
19 Outubro 2020, 21:22
Apesar de serem pessoas pouco vistas pela terra, e que tinham toda a sua vida no Barreiro, a população da vila de Muge, no concelho de Salvaterra de Magos, está chocada com a morte ocorrida este domingo, 18 de Outubro, numa rua do centro da localidade.
Durante o dia de hoje todas as conversas nos estabelecimentos comerciais de Muge, ou entre vizinhos e amigos versavam sobre o crime ocorrido na pacata localidade, com a população a demonstrar estar chocada com toda a situação, e sobretudo pelo facto de o homicida ter premeditado realizar na casa do pai a morte da ex-companheira, ao que tudo indica motivado por ciúmes doentios.
Também a presença de jornalistas de órgãos de informação nacionais não passou despercebida, sendo muitas as questões feitas aos profissionais da informação, tentando também a população encontrar explicações para um dos crimes mais horrendos de que há memória em Muge.
O crime terá ocorrido pelas 8.30 horas da manhã, deste domingo, 18 de Outubro, quando vizinhos da casa onde ocorreu o homicídio, dizem ter ouvido algum barulho que parecia pancadas na parede, o que poderá ter sido os tiros com que o homem matou a mulher, alvejando-a na cabeça.
Pedro Teixeira, de 41 anos de idade, terá convidado a sua ex-companheira, Cláudia Gomes, de 28 anos, de quem estava separado há cerca de três meses, para irem passar o fim-de-semana à casa do seu pai, em Muge, tendo mesmo sido vistos num café acompanhados pela filha de Cláudia, com 5 anos de idade.
Ao que tudo indica, a criança, que era somente filha da mulher assassinada, terá assistido a tudo, sendo depois deixada por Pedro num terreno no Barreiro, estando agora à guarda da avó materna.
A arma com que o homicida matou a sua ex-companheira, era pretensa do avô de Pedro Teixeira, tendo, ao que tudo indica, sido roubada com o propósito de efectuar o crime.
O pai de Pedro Teixeira, que se encontra num lar, depois de ter sofrido de alguns problemas de saúde, que o levaram a ser auxiliado por vizinhos e amigos, entrou ontem em contacto telefónico com o homem que diariamente se deslocava à casa, para dar comida a um cão, e que encontrou a vítima já morta, dando o alerta às autoridades, por volta das 15.15 horas, revelou que o paredeiro do filho estaria já identificado pelas autoridades.
Pedro Teixeira ter-se-á entregue à Polícia de Segurança Pública depois das 20 horas deste domingo, depois de alguém próximo do homicida ter combinado com a polícia a entrega deste, que o fez sem qualquer tipo de violência.
O caso está agora a ser investigado pela Polícia Judiciária de Lisboa, que fez deslocar ao local do crime para a realização de perícias e audição de testemunhas, duas brigadas, sendo auxiliada pela Guarda Nacional Republicana, que desde o primeiro alerta preservou o local do crime.
O homicida irá ser ouvido pelo Tribunal durante esta terça-feira, para lhe serem decretadas as medidas de coação.
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