População de Azambuja, Benavente e Salvaterra de Magos cresceu acima dos 2%

3 Janeiro 2025, 12:37 Não Por João Dinis

Ainda que bastante impulsionados pelos movimentos migratórios, os concelhos de Azambuja, Benavente e Salvaterra de Magos viram a sua população aumentar acima dos 2%, anuncia o Instituto Nacional de Estatística (INE), em dados relativos ao ano 2023.

Na região, e área de abrangência do NS, com exceção dos concelhos de Mora, Coruche e Chamusca, todos os concelhos viram a sua população crescer, ainda que nestes três concelhos o movimento migratório tenha sido também positivo, o que significa que houve uma saída de população local superior ou número de imigrantes que chegaram.

Azambuja foi mesmo o concelho que viu a sua população mais crescer em 2023, 2,51%, seguido do concelho de Benavente com 2,28%. A terceira percentagem mais elevada de crescimento verificou-se em Salvaterra de Magos com 2.05%

Em sentido inverso, Mora foi o concelho com maior regressão, – 0,53%, seguido do concelho da Chamusca, – 0,34% e de Coruche com -0,05%.

Se retiramos os dados do crescimento afeto à chegada de imigrantes, o cenário muda radicalmente, isto é, o número de pessoas que saíram dos concelhos, ou faleceram, é bastante superior aos novos residentes, por via de nascimentos ou da chegada de cidadãos de nacionalidade portuguesa, sendo que nesse caso apenas o concelho de Vila Franca de Xira regista um valor positivo de 0,09%.

A nível global, na Lezíria do Tejo, a taxa de crescimento efetivo situa-se nos 1,42%, fortemente impulsionada pelo movimento migratório, que representa um crescimento de 1,95%, no que se resume a uma perda de população local de 0,52%.

Os números nacionais

De acordo com o INE em 2023, verificou-se um crescimento de 1,16% da população residente em relação ao ano anterior, tendo-se registado também um aumento populacional em 251 dos 308 (81%) municípios do país. Em 2023, com exceção da Grande Lisboa, em todas as NUTS III o índice de envelhecimento da população foi superior em áreas predominantemente rurais em comparação com as áreas predominantemente urbanas.

A população residente em Portugal, em 31 de dezembro de 2023, foi estimada em 10 639 726 habitantes, o que significou um aumento de 1,16% em relação ao valor do ano anterior.

Entre 2022 e 2023, 25 das 26 sub-regiões NUTS III do país apresentaram um aumento da população residente, destacando-se o Oeste (2,43%) e a Região de Aveiro (2,08%) com taxas de crescimento efetivo superiores a 2%. O Alto Alentejo foi a única sub-região a registar um decréscimo populacional, de 0,21%.

Em 251 dos 308 municípios do país (81%) verificou-se um crescimento populacional, em particular em municípios localizados na faixa litoral do Continente e na Região Autónoma da Madeira. Nas sub-regiões da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Região Autónoma da Madeira a população aumentou em todos os municípios. O município de Porto Santo registou, em 2023, o maior aumento populacional (3,70%).

Por outro lado, 56 municípios registaram taxas de crescimento efetivo da população negativas, localizados sobretudo no interior das regiões Norte e Alentejo. O município de Barrancos registou a taxa de crescimento efetivo da população mais baixa do país (-1,87%).

Em 2023, o aumento da população residente em Portugal resultou da combinação de uma variação positiva na componente migratória (1,47%) e de uma diminuição na componente natural (-0,31%). A importância da componente migratória para o crescimento global do efetivo populacional estendeu-se a todas as sub-regiões NUTS III do país, com particular relevância nas sub-regiões do Oeste (2,79%), Região de Aveiro (2,41%), Médio Tejo (2,17%), Alentejo Litoral (2,15%) e Região de Leiria (2,03%), com valores acima de 2%.

A componente natural do crescimento populacional registou diminuições em todas as sub-regiões NUTS III do país, com exceção da Grande Lisboa, onde se verificou um ligeiro aumento, de 0,02%. O Alto Tâmega e Barroso e a Beira Baixa registaram as maiores diminuições da taxa de crescimento natural entre 2022 e 2023: -1,20% e -1,18%, respetivamente.

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