A Ministra do Ambiente Maria da Graça Carvalho, garantiu ao NS que o plano de requalificação do rio Sorraia, que prevê a irradicação da praga de jacintos e a requalificação das suas margens “está a continuar”, apesar da queda do Governo, e as eleições agendadas para o dia 18 de maio.
À margem da apresentação do plano “Água que nos Une”, que decorreu na sede Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, Maria da Graça Carvalho esclareceu que o plano anteriormente anunciado aos autarcas de Coruche e Benavente “está a desenvolver-se” e tem “financiamento do Fundo Ambiental e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”.
De acordo com a governante o “plano tem várias componentes”, “tem toda a parte do da dos jacintos, a construção de uma ponte romana que está deteriorada sob o rio (Escusa – Coruche)”, bem como a “reconstrução e reabilitação das margens”.
O projeto prevê também o regresso ao Sorraia dos Guarda Rios, “porque os jacintos, nós limpamos, eles voltam a crescer e, portanto, vamos tentar manter para que não haja pequenos focos de jacintos”, esperando Maria da Graça Carvalho que “o sistema de guarda rios que vamos implementar ajude a que não haja novas crises de invasão dos jacintos.”
Embora o Governo não tenha criado um programa nacional de combate à praga dos jacintos de água, a Ministra do Ambiente afirma que “estamos a fazer tudo o que podemos”.
“Compramos também através do Fundo Ambiental uma ceifeira de jacintos, ainda bastante cara, 700 mil euros”, salienta, acrescentando que a máquina está “a trabalhar com vários rios que têm esses problemas”, atualmente na região de Águeda, prevendo Maria da Graça Carvalho que a máquina venha a ser alocada a várias regiões, uma vez que “a ceifeira vai ser móvel para poder se deslocar de um sítio para o outro para a ajudar”.
A Ministra do Ambiente considera que “o programa dos Guardas Rios vai ser muito interessante para estes rios que têm jacintos, mas também para outros”, sendo um “regresso ao que existiu no passado”, sendo pessoas “muito úteis para manter os rios”.
Os Guarda Rios serão “pessoas dedicadas” aos ricos, comparadas com os vigilantes das florestas.
Por definir, está para já o modelo em que os Guarda Rios vão funcionar, considerando a Ministra do Ambiente que a sua acomodação “depende das situações”, não estando excluída a hipótese que estes venham a ser associados ao SEPNA da GNR, à Agência Portuguesa do Ambiente ou às Câmaras Municipais, “para já, os que temos instituídos são ainda numa fase transitória, financiados pelo Fundo Ambiental. mas para se tornarem permanentes teremos que ter um enquadramento mais estável”, concluiu.