Perdas de água continuam a ser grande luta na Lezíria

A Câmara Municipal do Entroncamento é, no distrito de Santarém, a que menos perdas de água regista no sistema de abastecimento às populações e a da Golegã a que revela pior desempenho, segundo dados divulgados pela APDA.

Os dados do Sistema de Informação de Indicadores de Perdas de Água relativos a 2021, divulgados na segunda-feira pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), mostram que o município do Entroncamento reduziu, numa década, as perdas de água, em baixa, dos 35% para os 22,3%.

Também a Águas de Santarém, que passou de 38,6% de perdas em 2011 para 23,6% em 2021, os Serviços Municipalizados de Abrantes, de 32% para 26,9%, e a Águas do Ribatejo, de 38,1% para 31,5%, mostram melhorias, com os outros sistemas a piorarem os indicadores quanto a perdas de água nos sistemas de abastecimento às populações.

Dos 11 sistemas elencados, a Câmara Municipal da Golegã é a que apresenta pior desempenho, com 63,8% de perdas registadas em 2021, contra os 52,6% de 2011.

A Tejo Ambiente (que serve os municípios de Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha), constituída em 2019, apresenta perdas de 46,4%, seguindo-se a Câmara Municipal de Rio Maior (46%, contra os 38,4% de 2011) e a de Constância (40,4%, contra 38,1%).

A Aquanena, empresa municipal de Alcanena que sucedeu à Luságua, em 2018, teve em 2021 perdas de 30,9% (contra os 20,7% de 2011), tendo a Cartágua, no Cartaxo, registo de 30,2% (26,5% em 2011).

O relatório anual da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), divulgado em fevereiro último, já alertava para a perda anual de milhões de litros de água tratada no país.

Em 2021, as perdas nas redes de abastecimento do país situou-se, em média, nos 28,8%, correspondentes a 237 milhões de litros de água por ano.