O candidato do PS à presidência da Câmara de Santarém, Pedro Ribeiro, afirmou hoje que pretende fazer do concelho o “farol da região”, numa ação de campanha em que apresentou as principais propostas, centradas na habitação, educação e mobilidade.
“Temos muita vontade de mudar Santarém”, disse o candidato, perante mais de 1.000 apoiantes reunidos no Centro Nacional de Exposições, onde destacou a necessidade de afirmar a capital de distrito como “referência regional”.
“Santarém não tem sido esse farol e nós queremos que passe a ser”, sublinhou.
Pedro Ribeiro defendeu que a cidade deve assumir um papel de liderança no desenvolvimento da região com políticas que permitam “fixar população e contrariar o envelhecimento demográfico”.
“Somos o quarto país do mundo com maior taxa de envelhecimento. Precisamos de mais bebés, e para isso é preciso garantir habitação acessível e resposta nas creches e escolas”, indicou, apontando como prioridade a criação de condições para que os jovens possam sair de casa dos pais e constituir família, sem que o custo da habitação ou dos serviços educativos seja um obstáculo.
“Assumimos que até ao final do mandato queremos ter oferta de 100% de creche e prolongamentos em todos os jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo”, afirmou.
Pedro Ribeiro criticou a falta de planeamento e articulação na gestão autárquica do atual executivo, liderado pelo PSD, apontando exemplos como a ausência de um plano para a Escola Prática de Cavalaria ou a venda de apartamentos públicos por valores que considera desajustados.
“Não faz sentido que tenham sido vendidos por menos de 30 mil euros e agora estejam a ser revendidos por 180 ou 200 mil”, disse.
Na área da mobilidade, defendeu a necessidade de aproximar o norte do concelho da sede, alertando para situações em que é mais rápido chegar a Leiria do que a Santarém.
“Somos um todo e temos de trabalhar como um todo”, declarou, sublinhando também a importância de melhorar as acessibilidades e a segurança.
Pedro Ribeiro apelou ainda à revisão de legislação nacional, por dificultar a construção em zonas rurais, mesmo quando existem infraestruturas básicas: “Não faz sentido que numa rua com água, esgotos e energia se possa construir de um lado e não do outro. Isso tem de mudar.”
o ainda presidente da Câmara de Almeirim destacou o envolvimento das Juntas de Freguesia e da Assembleia Municipal, defendendo que o projeto socialista para Santarém só será plenamente executável com uma maioria que inclua todos os níveis de governação local.
“Se ganharmos a Câmara e não tivermos as Juntas, não conseguimos aplicar as medidas que temos em conjunto”, destacou.
Pedro Ribeiro terminou a intervenção com um apelo à mobilização dos eleitores no sufrágio do dia 12. “Ainda não sou presidente e já faço acontecer. Imaginem quando for”, disse.
O jantar contou com a presença do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que manifestou apoio à candidatura de Pedro Ribeiro, considerando-o “a garantia de que Santarém será aquilo que sempre deveria ser: uma grande capital que se afirma no conjunto do interesse nacional”.
José Luís Carneiro elogiou ainda a visão estratégica do candidato para o concelho.
“Queremos Santarém liderado por um presidente de Câmara comprometido com os objetivos de desenvolvimento do país”, afirmou.
O executivo municipal de Santarém é atualmente composto por quatro eleitos do PSD e quatro do PS, num acordo de governação que distribui pelouros entre os dois partidos. O Chega tem um vereador.
São também candidatos à presidência da Câmara Municipal de Santarém o atual presidente, João Leite (coligação PSD/CDS-PP), José Rui Raposo (CDU – PCP/PEV), Pedro Correia (Chega), Pedro Mendonça (coligação Livre/BE) e Rodrigue Devillet Lima (IL).
