Pandemia melhorou utilização das urgências no Hospital de Santarém

25 Maio 2021, 17:11 Não Por Redacção

A pandemia da Covid-19 levou a que os inúmeros casos ‘menos urgentes’ que anualmente procuram o serviço de Urgências do Hospital Distrital de Santarém (HDS) tivessem diminuído substancialmente.

 “A pandemia veio contribuir para que os utentes se deslocassem às urgências apenas em situações de doença urgente”, refere Graça Amaro, directora do Departamento de Urgência, desenvolvendo que diminuiu significativamente o número de doentes triados com prioridade verde, azul e branca.
Em 2020, 33,6% dos episódios de urgência do HDS foram triados com estas prioridades, o que representa um decréscimo de 10% relativamente a 2019.
A nível nacional, de acordo com dados do Portal da Transparência do SNS, no mesmo ano, 40% dos episódios de urgência foram triados com estas prioridades.

 Outra das situações que contribuiu para a redução do número de doentes na urgência em 2020 foi o facto de o HDS ter estabelecido um protocolo com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lezíria, que prevê o reencaminhamento dos utentes triados com as prioridades verde, azul e branca para os cuidados de saúde primários, tendo sido reencaminhados 1.249 utentes em 2020 (Abril a Dezembro).

 Segundo Graça Amaro, a procura desajustada sobrecarrega os serviços de urgência, conduzindo a uma diminuição da qualidade dos cuidados com tempos de espera acima do normal e consequente aumento dos custos.

Graça Amaro salienta ainda que existem orientações do Ministério da Saúde no sentido de uma articulação estreita entre os hospitais e os centros de saúde para que os utentes menos urgentes sejam atendidos na sua unidade de cuidados de saúde primários.

No HDS a melhoria nos resultados não tem ocorrido apenas na Urgência, com o índice de desempenho global a atingir níveis muito satisfatórios em Abril de 2021, situando-se nos 98,14%. A melhoria torna-se ainda mais evidente quando olhamos para os índices de desempenho global alcançados em 2018, situando-se nos 59,9%, e em 2019, que foram de 90,13%.

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