Padre de Samora Correia suspenso pela Arquidiocese de Évora depois de esconder abusos sexuais a menores

12 Julho 2022, 13:26 Não Por João Dinis

A Arquidiocese de Évora anunciou esta terça-feira a suspensão preventiva do Padre Heliodoro Nuno da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira, Samora Correia, depois do Ministério Público de Santarém o ter acusado por abuso sexual de criança por omissão.

Segundo noticia o Correio da Manhã, na edição desta terça-feira, 12 de Julho, o Pároco terá tido conhecimento que um catequista terá abusado de uma criança de 12 anos, que sofria de perturbações mentais, em 2020, e não denunciou o facto às autoridades nem à Arquidiocese.

O alegado agressor sexual, que se encontra agora em prisão domiciliária, foi apenas afastado das funções de catequista pelo pároco, continuando ainda assim como acólito e em contacto com crianças. No Verão de 2021, segundo a publicação, o acólito voltou a molestar uma segunda criança, do sexo feminino. A criança contou aos pais o sucedido e foi a partir daí que o caso se desenrolou, chegando agora à acusação.

Segundo a acusação, a que o Correio da Manhã teve acesso, o Ministério Público refere que a omissão do Padre é “grave e configura crime por omissão”, considerando mesmo que a segunda situação apenas aconteceu porque a primeira não foi denunciada.

Em comunicado a Arquidiocese de Évora refere que apenas teve conhecimento do caso no dia 22 de Junho, de que um “colaborador leigo da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira, Samora Correia” terá praticado “dois actos enquadráveis como possíveis abusos sexuais sobre dois menores, um ocorrido em 2020 e outro em 2021.”

“A Arquidiocese deplora esses factos gravíssimos e expressa aos menores, às famílias e às comunidades a sua dor profunda”, disponibilizando ainda toda a sua ajuda “em tudo o que seja necessário.”

A Arquidiocese refere ainda que “o pároco, que foi em ambos os casos imediatamente alertado por familiares de uma das vítimas, limitou as tarefas do suspeito mas sem êxito tornando, infelizmente, possível a reincidência”, confirmando que os “factos estão já a ser objecto de apreciação judicial, que permitirá conhecer a totalidade do que aconteceu”, estando esta disposta a colaborar com as autoridades civis.

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