“Os pais podem estar descansados”, afirma delegado regional de saúde sobre o caso de Coronavírus na Escola Secundária de Coruche (Com Vídeo)

11 Março 2020, 14:54 Não Por João Dinis

O Dr. Mário Durval, Delegado Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, esteve esta manhã, acompanhado do Delegado de Saúde local, Dr. Félix Lubelo, na Escola Secundária de Coruche, onde através da Associação de Pais e Encarregados de Educação de Coruche, fizeram um pequeno vídeo de esclarecimento à comunidade escolar, bem como aos professores e encarregados de educação dos alunos do Agrupamento Escolar de Coruche.

A nossa preocupação na escola é garantir que qualquer caso que surja, pode ser devidamente isolado, para não haver contágio”, começa por referir Mário Durval, que salienta ainda que, “vamos mapear todos os contactos directos e aqueles que estão em maior risco, contacto directo significa que são as pessoas que estão na primeira linha do contacto e que têm o tempo e a circunstância de poder ser possível a contaminação, porque é preciso haver tempo de contacto e também o contexto para se fazer esse contágio.”

Sobre os perigos e a forma de contágio, o Delegado Regional explica que, “as pessoas que se cruzam na rua não se contagiam umas às outras, porque é importante percebermos que os contágios são feitos através de cotículas e as cortícolas que expelimos enquanto falamos, expirramos, tossimos, atingem pouco mais de um metro e portanto acabam por cair no chão e não infectam nada”, acrescentando que, “outra forma de infectar, e isto é importante, é através das gotículas que caem sobre as superfícies e é por isso que nós devemos desinfectar as mãos, lavar mts vezes as mãos com água e sabão porque depois quando nos contaminamos as mãos com outra pessoas e levamos aos olhos, ao nariz ou à boca, pode entrar por ai, é uma porta de entrada para o vírus também.”

Esclarecendo sobre a forma de isolamento das pessoas, este explica que, “o nosso objectivo sempre é estabelecer um cerco à volta da pessoa que está infectada e em função disso tomamos as medidas adequadas, naturalmente estas medidas e estas pessoas que são os primeiros contactos são colocados em vigilância activa, o que significa que os serviços de saúde os acompanham, eles estão colocados em isolamento social, em suas casas, e portanto nós vamos acompanhando para ver se tiveram uma modificação do seu estado de saúde. É este o nosso mecanismo de actuação.”

Sobre o caso concreto da aluna infectada na Escola Secundária, o Dr. Félix Lubelo, explicou que, “desde ontem à noite (terça-feira), após contacto com a Directora do Agrupamento, foi pedir para isolar as crianças da turma do caso que foi confirmado assim como os professores que na sexta-feira passada deram aulas a essa turma. Todos esses contactos já foram indicados, vamos posteriormente via telefone, contactar com eles, explicar todas as medidas a ter e pedimos para que se mantenham em vigilância activa”, acrescentando que os casos vão, “ser acompanhados por um período de catorze dias, perante sintomatologia, orientamo-nos também pelo SNS24 e aquilo que tem que ser feito.”

Questionando novamente o Delegado Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, este foi bastante pragmático, afirmando mesmo que, “claro que podem descansar os pais”, fazendo ainda um “apelo especial para que tenham confiança nos delegados de saúde”, referindo que, “quando foi a epidemia da Gripe A, Portugal foi teve um numero muito reduzido devido à actuação dos delegados de saúde, não fizemos muito barulho, não actuamos com grandes hospitais, com grandes máquinas, mas o que fazemos é andar com as pessoas e indidicar-lhes as actuações mais correctas”, concluindo pedindo a todos para que “tenham confiança nos delegados de saúde que são de facto a salvaguarda para conter esta epidemia em Portugal.”

Fotografia e Video: APEEC

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