Opinião – “Que Força é Esta AMIGO!”

31 Janeiro 2023, 15:38 Não Por Redacção

Janeiro de 2023 despede-se coberto pelos mantos brancos das geadas matinais, as quais não arrefeceram a coragem da classe docente deste país que luta por melhores condições de vida e por Uma Escola Pública de Qualidade.

Os professores fizeram greves e manifestaram-se durante todo o mês de Janeiro, revelando uma união de classe digna da nossa admiração e respeito, tal a imensidão dessa mesma unidade, porém, esta luta possui uma maior longevidade segundo dados da Fenprof, mais concretamente desde Outubro de 2018 até agora; 63 meses e meio de reivindicações, de protestos ao longo dos últimos 5 anos. E o que exigem os professores?

– A contagem e recuperação integral do tempo de Serviço;

-Vagas e quotas para progressão aos 5º e 7º escalões;

-A vinculação dos professores contratados;

-O término das desigualdades dos professores do 1º ciclo;

-Melhores condições de trabalho – Contra o sobretrabalho e horas extraordinárias;

-Segurança nas Escolas – Contra a violência e a precariedade.

Estas e outras reivindicações que fazem parte intrínseca de uma verdadeira Escola Pública, Inclusiva, para todos, onde a Educação das nossas crianças e jovens seja a prioridade dos docentes e não a burocratização do seu trabalho diário.

Para o cidadão comum, afastado destas realidades, a tendência passará pela desvalorização dos problemas, no entanto, quando se prende o olhar sobre as colocações dos professores a centenas de quilómetros longe de casa e para os problemas a elas associados, todos e cada um de nós, se sensibiliza e se une a estas justíssimas reivindicações.

Os professores disseram, dizem e continuarão a dizer BASTA!

Os Docentes e Assistentes Operacionais do Agrupamento de Escolas do nosso Concelho juntaram a SUA VOZ à dos muitos milhares que se fazem ouvir, e que este Governo que agora completou o primeiro ano de mandato, não pode ignorar, pois, vê, ouve e lê sobre esta vontade inabalável do vale mais quebrar que torcer!

E nós, famílias e comunidade educativa, apesar dos transtornos na nossa vida diária que estas greves têm provocado, teremos de reconhecer a justeza desta luta, incentivá-la, pois ao fazê-lo, estamos a mudar o Presente e a escrever um novo FUTURO!

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