Opinião – Educação – Que Futuro?

“Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não Chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.”

                                         Sebastião da Gama

Educação – Que Futuro?

O ano letivo está a chegar ao seu término!

A maioria dos alunos já se encontra de férias, procurando retemperar forças para a etapa escolar seguinte.

Os professores, esses, no auge da exaustão, debatem-se com as exigências infindáveis de uma burocracia excessiva que lhes rouba o tempo precioso, com as suas crianças, com os seus jovens, vivendo um quotidiano verdadeiramente assoberbado, ansiando pelas curtas férias, esperançosos, de que as mesmas sejam portadoras do tão almejado descanso!

A Luta dos Professores em defesa da Escola Pública e da Valorização da Carreira Docente que marcou o ano letivo e à qual o Governo manteve uma indisponibilidade para negociar as matérias fundamentais, sobretudo a recuperação do tempo de serviço – seis anos, seis meses e 23 dias, levam os docentes e as suas organizações sindicais a anunciarem um conjunto de ações logo no arranque do novo ano letivo.

Uma das grandes reivindicações prende-se com o número de horas de trabalho dos docentes para além da carga horária, as horas extraordinárias e a componente não letiva de estabelecimento.

Segundo dados da Fenprof, o ano letivo que chega ao fim, ficou na história da educação pela inexistência de professores qualificados e, nas escolas, cerca de 30 mil alunos tiveram sempre um professor em falta pelo menos a uma disciplina, pondo a descoberto que o problema da falta de professores é um problema estrutural gravíssimo do sistema educativo e não conjuntural, como querem fazer crer!

O ano letivo finda, mas os problemas na Educação mantém-se sem soluções à vista perante a intransigência de quem os poderia resolver.

A Educação é a pedra basilar de qualquer sociedade e compete-nos a nós lutar por ela, começando por nos unirmos à luta titânica dos professores!