Opinião – As pequenas medidas de Costa

6 Outubro 2022, 18:41 Não Por Redacção

Com uma inflação anual recorde de 8,6% nos 19 países da Zona Euro, já não há como esconder que o enorme aumento dos preços dos produtos alimentares e da energia, em grande parte causados pela guerra na Ucrânia, vai doer e muito, tanto nas famílias como nas empresas.

Para combater este fenómeno, o Governo português anunciou com pompa e circunstância um pacote de medidas extraordinárias.

Este pacote de medidas anunciadas veio com meses de atraso e muito depois de outros países da zona euro terem anunciado medidas concretas de apoio às famílias e às empresas.

Mais uma vez, as medidas anunciadas não passam de uma arrecadação de impostos encapotada.

Se falarmos nos apoios anunciados para as empresas que são quem gera riqueza e emprego, estas medidas não passam de um grande engano uma vez que a “ajuda” não é mais do que a concessão de novas linhas de crédito – cerca de mil milhões – sem apresentação de medidas concretas.

O Governo acha que a melhor forma de ajudar a economia nesta fase tão específica, é promover um maior endividamento das empresas e dos empresários, em vez de aliviar a sua tesouraria com uma baixa de impostos que permita manter postos de trabalho e a cumprimento dos seus compromissos.

Que ajuda é afinal dada às empresas? Zero.

António Costa de braço dado com Fernando Medina, ambos com grandes capacidades ilusórias, também anunciou um aumento das reformas para os pensionistas. Que grande mentira. Na realidade os pensionistas vão ter um corte nas pensões a partir de 2024, com uma repercussão permanente nas prestações a pagar no futuro.

Afinal o que é dado de adicional aos pensionistas? Zero.

Nos últimos 27 anos o Partido Socialista governou o país durante 20, e está mais uma vez demonstrado que cada vez que governam Portugal ficamos sempre em pior situação: estamos empobrecer cada vez mais.

Há áreas fundamentais em que o governo deve investir e fazer reformas estruturais, como a Saúde e a Educação, mas isso não acontece. Pelo contrário, as famílias e as empresas pagam cada vez mais impostos e os serviços prestados são cada vez de pior qualidade.

No país vizinho, o plano do Governo espanhol para ajudar a enfrentar a subida dos preços vai custar nove mil milhões e inclui um cheque de 200 euros mensais para desempregados e trabalhadores com rendimentos mais baixos, IVA da eletricidade a 5% e aumentos de 15% para as pensões de reforma e invalidez não contributiva. Inclui ainda descontos diretos nos combustíveis, o aumento em 15% do rendimento mínimo para as famílias em situação de graves carências, limites ao aumento das rendas de casa ou a descida e abolição de outros impostos sobre a eletricidade, medidas estas que entraram em vigor logo a 1 de julho passado.

No nosso país, o Governo preferiu avançar com um pacote de apoio às famílias que contemplará o pagamento único em outubro de 125€ para todos os residentes não pensionistas, com um rendimento mensal bruto até dois mil e 700 euros e de 50€ por dependente até aos 24 anos de idade (inclusivamente), ou sem limite de idade no caso dos dependentes por incapacidade.

Isto trata-se de um apoio cego na medida que, em vez de ajudar de uma forma constante quem mais precisa, o Governo decide dar dinheiro a todos por igual: até mesmo quem não precisa vai ver a sua conta bancária ser aumentada.

O que vai acontecer às famílias mais pobres em novembro, em dezembro… à boa moda socialista, logo se verá. Quem vier atrás que feche a porta!

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