Município de Alpiarça está a contribuir para diagnóstico rigoroso da comunidade imigrante no concelho

30 Abril 2024, 18:26 Não Por André Azevedo

À luz da altercação entre grupos da comunidade indostânica que aconteceu em Alpiarça, na noite de sábado, 27 de Abril, a presidente da Câmara, Sónia Sanfona explicou ao NS que o município está a trabalhar em articulação directa com o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) para um “diagnóstico rigoroso da comunidade migrante no concelho”.

A autarca referiu que o problema é “muito mais vasto que a capacidade que o Município tem para o resolver”, estando a trabalhar com CLAIM para caracterizar o número de imigrantes a residir em Alpiarça, o grau de integração na comunidade (a nível laboral no caso dos adultos e escolar no caso dos menores), bem como para encontrar soluções para apoiar as famílias que necessitem.

A questão das casas sobrelotadas foge ao controlo do Município, garante Sónia Sanfona, relembrando que enquanto existiu o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras eram remetidos relatórios sociais para acompanhar as situações dos cidadãos estrangeiros. A autarca garante que hoje em dia não há nenhum argumento para entrar nas casas e fazer a avaliação social das condições de salubridade e higiene.

“São verificados, até pela GNR, a existência de contratos de arrendamento, é verificada a situação de inscrição na segurança social e nas finanças pelos trabalhadores. A maior parte das pessoas da comunidade estão devidamente documentadas para poderem exercer a sua actividade e estão a trabalhar”, vinca a autarca.

Quanto aos confrontos que envolveram cerca de 10 indivíduos da comunidade indostânica, a autarca criticou o sensacionalismo de algumas informações veiculadas, sobretudo, nas redes sociais, que deixaram a população em alvoroço. A autarca explicou que os confrontos deveram-se a quezílias entre os elementos da comunidade e que, segundo foi informada pelo comandante da GNR, não foi posta em causa a segurança pública.

“O que me foi transmitido pela GNR foi que não foi posta em causa a segurança pública nem esteve em causa nenhuma situação de perigo para pessoas e bens, salvaguardando que se tratou de uma quezília que envolveu directamente pessoas dessa comunidade”, vinca a autarca.

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