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Montado lidera floresta em Portugal revela inventário da Floresta Nacional

28 Junho 2019, 13:24 Não Por Redacção

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), apresentou os resultados do sexto inventário Floresta Nacional, que permite agora poder estudar melhor a gestão florestal em Portugal.

Iniciado em 2016, os trabalhos de fotointerpretação terminaram no final de 2018, sendo agora apresentados os resultados finais, que vão agora permitir a atualização dos Programas Regionais de Ordenamento Florestal.

Dos dados apresentados destaque para a maior área de florestas, que é ocupada por montado de sobro e azinheira, totalizando 1 063 000 hectares.

O eucalipto é a segunda árvore com maior dimensão de terreno ocupada, com 844 000 hectares, seguida do pinheiro bravo, com 714 000 e do pinheiro manso com 193 000 hectares.

Com os espaços florestais a ocuparem 69% do território nacional, num total de 6,1 milhões de hectares, houve pela primeira vez desde 1995 um aumento da área arborizada com um incremento de 1,9% face a 2010, data da última avaliação.

Os montados, sobreirais e azinhais são a principal ocupação florestal, com mais de 1 milhão de hectares de superfície, representando um terço da floresta. São ecossistemas florestais de uso múltiplo, que têm na produção de cortiça a sua principal função. 

Os pinhais são a segunda formação florestal, ocupando uma área superior a 900 mil ha. Apesar do crescimento da área de pinheiro manso, regista-se um decréscimo da área ocupada pelo pinheiro bravo. Em termos globais, mantêm-se a tendência de redução da área ocupada com pinho, que vem desde 1995, embora o ritmo da redução esteja a abrandar, revelando a capacidade de resiliência destas árvores às perturbações, como é o caso das pragas que afectam os pinhais.  

Os eucaliptais ocupam 844 mil hectares, área inferior à que tem sido estimada e que representa cerca de 26% da floresta continental. Os dados recolhidos revelam um incremento sistemático da área ocupada ao longo dos últimos 50 anos.

Estes dados do ICNF, dão a conhecer a realidade da floresta portuguesa, e vão agora permitir um melhor tratamento dos Programas Regionais de Ordenamento Florestal.

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