Mês de junho foi o quinto mais quente em Portugal
7 Julho 2023, 16:06O mês de junho de 2023 foi o mais quente de sempre a nível global, anunciou esta sexta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A temperatura média global em junho foi 0.53 °C superior ao valor médio 1991-2020, superando o junho de 2019 o anterior mais quente, conheça as principais conclusões do boletim climatológico de junho.
Na Europa o valor médio da temperatura média do ar foi superior ao valor médio 1991-2020 (0.74 °C).Temperaturas recordes foram registradas no noroeste da Europa; as maiores anomalias foram registadas na Irlanda, Reino Unido, Bélgica e Holanda que tiveram o junho mais quente de sempre. Também França e Escandinávia registram valores muito acima da média. Na Península Ibérica também se registaram valores acima do normal, exceto na parte sudeste na Península Em contraste, o sul dos Balcãs, Grécia, Turquia e oeste da Rússia foram mais frios do que a média.
Em Portugal continental o mês de junho de 2023 classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e muito chuvoso em relação à precipitação.
Foi o 5º maio mais quente desde 1931 (mais alto em 2004, 23.25 °C); valor médio da temperatura média do ar, 21.92 °C, +2.49 °C em relação ao valor normal 1971-2000.
O valor médio da temperatura máxima do ar, 28.03 °C, foi superior ao valor normal, + 2.68 °C corresponde ao 9º valor mais alto desde 1931; o valor médio da temperatura mínima do ar 15.80 °C foi + 2.31 °C superior à normal, sendo o 3º mais alto desde 1931.
Durante o mês verificaram-se, valores diários da temperatura do ar, acima do valor médio mensal. Destaca-se o período muito quente de 23 a 30 com 4 dias consecutivos (23 a 26) com desvios da temperatura máxima superiores a 7 °C e da temperatura mínima superiores a 5 °C. Ocorreu uma onda de calor com duração de 6 a 7 dias que abrangeu as regiões do interior Norte e Centro e a região Sul.
Em relação à precipitação, registou-se um total de 47.9 mm que corresponde a 149 % do valor normal, sendo o 3º valor mais alto desde 2000. Durante o mês destaca-se a primeira quinzena que esteve sob condições meteorológicas caraterizadas por instabilidade atmosférica, com destaque para as regiões do Norte e Centro e em particular as zonas interiores.
De acordo com o índice de seca PDSI, no final de junho registou-se uma diminuição da área em seca meteorológica e da sua intensidade. As áreas em seca severa e extrema diminuíram nas regiões do vale do Tejo e do Alentejo, no entanto, na região do Algarve aumentou a área em seca extrema. A 30 de junho 85 % do território estava em seca meteorológica, dos quais 26 % estava nas classes de seca severa e extrema.