Jovem poetisa de Benavente finalista em concurso cultural nacional

24 Novembro 2021, 14:49 Não Por Redacção

Ana Cláudia Santos, uma jovem natural de Benavente, é aos seus 25 anos, finalista da terceira edição do New Talent, o concurso promovido pela NiT, TVI e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que irá eleger os melhores jovens talentos de Portugal na área do lifestyle, estando em disputa um prémio de 10 mil euros, destinado ao desenvolvimento de um projecto pessoal ao longo do próximo ano.

Apesar de residir em Lisboa, Ana Cláudia Santos mantém ainda uma forte ligação a Benavente, onde escreveu os primeiros poemas. Em 2017, a jovem iniciou o projecto “LUA”, onde se iniciou na organização de sessões de poesia, que a levaram a muitos locais onde declama poesia  a solo ou acompanhada pela guitarra/ sintetizador do músico Diogo Lourenço.

O seu primeiro e-book surgiu em 2018, sendo que em 2020 a jovem editou o livro “Meia-Vida”, que viu premiado no Festival de Poesia de Lisboa com uma menção honrosa.

Os primeiros passos para a escrita foram dados com a leitura, primeiro dos livros “Harry Potter”, depois mais a sério entre as palavras das suas duas maiores influências, Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro, conta em entrevista à NIT.

O gosto pela escrita foi-se desenvolvendo, pois como esta confessa ao portal dedicado à cultura, sempre foi muito tímida, o que a levava a passar demasiado tempo sozinha. “Passava muito tempo a pensar sobre o que é a vida, Deus, tudo. Escrever levou-me a exteriorizar esses pensamentos”, afirma.

O apoio da professora de português no 12º ano, acabou por ser fundamental para a decisão na sua carreira, sendo essa a razão pela qual lhe dedicou a sua primeira obra. “Dediquei-lhe o meu primeiro livro porque acreditava em mim. Dizia-me sempre que eu ia conseguir. E quando isso acontece, começamos também a acreditar em nós próprios.

Apesar de ter trabalhado em diversas livrarias, é na escrita e na declamação que se sente preenchida, e que a levou agora a ser uma das dez finalistas a um importante prémio, em que o valor monetário será investido no seu projecto. “Quero desenvolver o projeto L.U.A. Porque temos cada vez mais poetas que merecem ser ouvidos. Como dinheiro poderia alugar um espaço, pagar aos poetas e investir em marketing e publicidade dos eventos”, refere, acrescentando que o prémio a irá também ajudar “a pagar os custos, que fazer livros por conta própria é muito dispendioso.”


Fotografia: Direitos Reservados

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