Uma jovem de 17 anos agrediu duas colegas com um isqueiro elétrico na Escola Profissional Vale do Tejo, em Santarém. As agressões aconteceram na terça-feira, 6 de maio, durante uma aula prática no exterior da escola.
As duas vítimas, de 15 anos, sofreram ferimentos nas costas das mãos e necessitaram de tratamento hospitalar. Uma das vítimas acabou mesmo por ser transferida para o Hospital Dona Estefânia em Lisboa, após ter dado entrada no Hospital Distrital de Santarém.
Segundo o NS conseguiu apurar, o objeto, um isqueiro elétrico (similar aos famosos isqueiros da marca Zippo) que em vez de produzir chama produz corrente elétrica, pertencia a outro jovem de 16 anos mas a PSP, que tomou conta da ocorrência, ainda não conseguiu apurar onde o terá adquirido. Os alunos envolvidos acabaram por admitir que a arma circulava na escola à cerca de um mês e teriam havido situações idênticas que não foram reportadas. O NS sabe que após o isqueiro ter sido retirado à aluna que terá cometido as agressões, o alegado proprietário dirigiu-se ao gabinete da direção para reaver o isqueiro.
O objeto foi apreendido pela PSP e será alvo de peritagens para determinar se pode ou não ser considerado uma arma, explicou ao NS fonte do Comando Distrital de Santarém da PSP. Caso se determine que o dispositivo é uma arma, serão imputados crimes mais graves aos jovens envolvidos, como posse de arma proibida. Para já são apenas suspeitos dos crimes de ofensa à integridade física.
Os jovens envolvidos prestaram declarações à PSP e o processo seguirá agora para o Ministério Público, a quem caberá a decisão de quais as acusações que a agressora e proprietário da arma irão enfrentar. A situação foi também sinalizada junto da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, onde quer um quer outro já estavam sinalizados. A jovem de 17 anos, presumível autora das agressões, está institucionalizada numa instituição em Santarém.
Em declarações ao NS, a responsável pela Direção Pedagógica da escola, Manuela Baião, desconsiderou a situação referindo que “não foram agressões. Foi apenas uma brincadeira em que duas alunas ficaram magoadas”, garantindo que foram feitas “as devidas repreensões e a situação está a ser acompanhada”.