José Eduardo Carvalho afirma que troço do IC3/A13 é essencial ao desenvolvimento da região

22 Junho 2024, 13:45 Não Por André Azevedo

A carência de acessibilidades é um dos principais desafios com que se depara a região do Ribatejo, nomeadamente o troço do IC3/A13 que deveria ligar o nó do Entroncamento à Chamusca, Alpiarça e Almeirim, explicou José Eduardo Carvalho, na conferência da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, que debateu temáticas fraturantes para o desenvolvimento da região ribatejana, realizada na Casa do Campino, em Santarém, na quinta-feira, 20 de Junho.

O presidente da Associação Industrial Portuguesa relembrou que este troço está por construir há pelo menos duas décadas, tendo ficado esquecida nos governos de José Sócrates, Passos Coelho e de António Costa.

Ainda que o considere fundamental para a região, José Eduardo Carvalho afirma que será um processo difícil de ver uma conclusão, quer pelas restrições da União Europeia quanto ao investimento em estruturas rodoviárias em Portugal, quer pelos recursos financeiros alocados à construção do novo aeroporto.

Aos autarcas da região deixa o recado que ver este troço concluído “não pode de maneira alguma sair da agenda dos atores locais que aqui vivem e que aqui lutam para que esta região melhore”.

Aproveitar a proximidade a Lisboa pode ser solução para crescer

O também ex-presidente da NERSANT -Associação Empresarial da Região de Santarém, desmarcou-se da ideia da descentralização que tem ocupado muitas das agendas políticas no país e considerou que o aproveitamento da proximidade a Lisboa é uma das armas que a região do Ribatejo tem para crescer.

Segundo José Eduardo Carvalho a Área Metropolitana de Lisboa encontra-se naquilo que define como “armadilha do desenvolvimento”, isto é, em termos de Produto Interno Bruto (PIB), emprego e produtividade cresce menos do que outrora cresceu, assim como apresenta índices de crescimento inferior a outras regiões, motivada pela perda de importância no panorama nacional e pela crescente restrição de acesso a fundos comunitários por parte das empresas.

Ainda assim garante que Lisboa apresenta 36 por cento do PIB nacional, 35 por cento do IRS coletado e os maiores proveitos na área do turismo, rondando os 1.3 mil milhões de euros.

“Quando uma metrópole cresce, as regiões à sua volta também crescem”, vincou.

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