Jornadas de Cultura de Salvaterra de Magos “são complemento” à cultura e história do concelho

6 Setembro 2024, 11:26 Não Por João Dinis

O concelho de Salvaterra de Magos inaugura esta sexta-feira, 6 de setembro, a décima primeira edição das Jornadas de Cultura, que levam ao território “um conjunto de oferta cultural que seja complementar da atividade que nós fazemos ao longo do ano”, refere ao NS Hélder Esménio, Presidente da Câmara Municipal.

“Voltamos a ter no primeiro fim-de-semana, logo na primeira noite, no arranque das Jornadas de Cultura que vai acontecer na Capela Real, a recriação com momentos históricos e musicais do tempo do Paço Real de Salvaterra de Magos, que é um dos temas que temos em destaque nestas Jornadas e vamos terminar, digamos assim, esse momento de evocação histórica com a animação musical com o fadista Camané”, começa por anunciar o autarca, que organiza o certame.

“Depois, no dia seguinte (sábado, 7 de setembro), voltámos a ter, além de um showcooking no Mercado Diário de Salvaterra de Magos, porque a gastronomia também é cultura, depois da parte da tarde, temos a habitual distribuição pelas crianças de mais uma publicação, tantas quantos os anos que levo de mandato e que nós distribuímos para as crianças para procurar, por um lado, transmitir-lhes a nossa história, a nossa cultura, de uma forma divertida, sob a forma de uma aventura, mas tem subliminarmente o interesse de tentar e trazer os miúdos para a leitura, para criar hábitos de leitura e com isso, digamos assim, a melhorar os níveis de aprendizagem”, acrescenta.

O primeiro sábado das Jornadas de Cultura terá, “como habitualmente diante do Mercado de Cultura em Marinhais, uma noite de fados”.

“Este ano, a grande novidade, digamos, é o domingo vamos ter a inauguração do Museu do Concelho que vai ficar no edifício do Cais da Vala Real, em Salvaterra de Magos”, salienta, acrescentando que o Museu “vai começar por ser apresentado no Celeiro da Vala ao lado, porque vamos ter também nessa apresentação a Academia de Artes “o Batuque”, mas vamos ter, acima de tudo, a passagem de um vídeo que permite a reconstituição, se quisermos uma recriação histórica, tal como seria o Paço Real no século XVIII, vídeo esse que depois vai estar em looping no Museu.”

Hélder Esménio informa que “o Museu reúne um conjunto de informação histórica, reúne referências à fixação de população junto ao rio Tejo, considerado o elemento estruturante do nosso concelho ao nível de todo o período da história, considerado o fundador do próprio concelho, porque foi ele que atraiu e de que maneira, a fixação de populações há mais de 10.000 anos”.

O autarca considera a inauguração do Museu “um momento muito importante e um compromisso histórico e político que eu tinha desde 2009, altura em que perdi, fiquei em segundo lugar nas eleições para o lugar que hoje ocupo desde outubro de 2013, era já uma ideia que tem uma década e meia e eu não queria sair de Presidente de Câmara sem deixar esse registo para o para as gerações vindouras de um museu que de alguma forma fosse a identidade de toda esta comunidade que é o concelho de Salvaterra de Magos”.

Apesar do Museu do Concelho de Salvaterra de Magos ser um dos pontos altos das onze edições das Jornadas de Cultura, Hélder Esménio considera que apesar da afirmação “fazer sentido”, considera que é “o culminar, porque nós já criámos e não começámos por um Museu do Concelho, não foi por acaso, nós criámos um Museu dedicado ao rio, fomos nós que criámos, alargando a escola e ampliando a e dando usos à escola, reconstruímos o núcleo museológico da casa tradicional Avieira…”.

Hélder Esménio valoriza também a criação de “espaços culturais em diferentes freguesias”, como “O Mercado da cultura de Marinhais é um mercado ao abandono fechado pela ASAE, e nós transformámos no mercado da cultura como auditório e como espaço expositivo, onde temos várias exposições temporárias. Depois fomos para a Glória do Ribatejo  reabilitar o Pátio das Coletividades e criar o auditório e criar a biblioteca e criar também outros espaços expositivos na Glória do Ribatejo. Ajudámos e de que maneira, a dar vida e a tornar novamente visitável a Casa do Povo de Muge. Com vários investimentos que fizemos também naquele espaço onde agora colocámos um laboratório, que um dia queremos que seja museu…”, considerando assim que o Museu do Concelho é o complemento a todos os espaços expositivos já existentes.

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