Jogo da INATEL termina com batalha campal e jogador barbaramente agredido

17 Fevereiro 2025, 20:43 Não Por João Dinis

O jogo que opunha o Juventude União Figueirense (Coruche) e o Sport Clube Barrosense (Benavente) a contar para a terceira jornada da segunda fase do Campeonato do Inatel de Santarém, que se disputou no passado sábado, no Campo de Jogos Manuel Sousa Frigideira, nas Fazendas das Figueiras, terminou aos 20 minutos da segunda parte, depois de uma verdadeira “batalha campal”, que terminou com um jogador gravemente ferido, tendo estado mesmo em risco a sua vida.

De acordo com relatos de assistentes do encontro, o jogo estava equilibrado, mas ainda assim com a equipa da casa a vencer por 2 a 1 e apesar de alguma virilidade entre os jogadores, nada fazia prever o desfecho que viria a ter.

Uma disputa de bola entre dois adversários, levou a que o da equipa da casa celebrasse de forma mais efusiva, sendo de imediato agredido a murro pelo adversário, que não terá gostado da forma como este celebrou o facto de ter ganho a bola.

A partir daí o jogo virou uma batalha campal, com um jogador da equipa da casa a disferir um pontapé nas costas de um adversário, sendo depois violentamente agredido com um soco que o deixou inconsciente.
Já no chão e inconsciente, um adversário ter-lhe-á disferido um pontapé na face, que o deixou com um forte traumatismo craniano, estando agora internado, em estado considerado grave, no Hospital de São José, em Lisboa, para onde foi transferido no domingo, depois de ter sido atendido no Hospital Distrital de Santarém.

De acordo com o que o NS conseguiu apurar, o jogador do Figueirense Fábio Massano, conhecido como “Tatão”, correu mesmo risco de vida, tendo sido fundamental o auxílio prestado pelos massagistas, com o apoio de uma enfermeira que se encontrava na assistência, para a estabilização do jogador, até à chegada da equipa médica da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital Distrital de Santarém.

Fábio Massano está internado no Hospital de São José, com o maxilar fraturado, estando ainda as equipas médicas a avaliar a extensão das lesões e o tipo de intervenções a que terá de ser submetido.

Após as agressões de parte a parte, o árbitro deu por terminado o encontro, ficando por jogar os restantes 20 minutos do encontro, uma vez que no campeonato do INATEL, as partidas são de 80 minutos.

As duas equipas vieram já repudiar os atos dos seus atletas, através de comunicados dados à estampa nas suas páginas das redes sociais.

“No futebol sabemos que existem lances disputados de forma mais efusiva, mais agressiva…”, começa por referir o Figueirense, que repudia o facto de “um jogador que leva um murro de um jogador e cai inanimado no chão e vir um outro e dar-lhe um pontapé na cara…é um acto desumano”, afirmam.

Considerando que o que se passou “não é futebol”, a equipa do concelho de Coruche vem “repudiar verdadeiramente todos estes atos”, colocando mesmo em causa a continuidade do projeto da equipa sénior no campeonato da INATEL.

“Com tudo isto não tiramos as culpas aos nossos jogadores e aos da equipa adversária”, reconhecem, terminando com agradecimentos “aos massagistas de ambas as equipas e agradecer a uma enfermeira que se encontrava no nosso campo que estiveram sempre ao lado do nosso jogador”.

Por sua vez o Sport Clube Barrosense vem também repudiar “qualquer ato de agressão”, não se revendo “em nenhum dos atos verificados no jogo de sábado”.

Confirmando que “uma pequena quezília entre dois jogadores motivou uma série de agressões de parte a parte, que mesmo com o esforço de vários membros da equipa, foi difícil de conter”, o clube do concelho de Benavente pretende assim que “se dê a entender que este episódio, foi único e exclusivamente provocado pelos jogadores da nossa equipa.”

“Que fique muito claro, que de forma alguma pretendemos justificar este episódio”, salienta a equipa da Barrosa, que pretende “sublinhar que o triste desfecho poderia facilmente ter-se dado com algum dos nossos jogadores, pois a intenção de toso os atletas envolvidos no incidente era exatamente a mesma, como pode ser comprovado por quem assistiu a toda a situação”.

A equipa termina desejando rápida recuperação ao atleta hospitalizado, pedindo “desculpa a quem esteve a assistir ao jogo pelos lamentáveis acontecimentos.”