Com as Eleições Autárquicas do passado domingo, e as alterações verificadas no mapa político da Lezíria do Tejo, muitas forçadas pela imposição da Lei, que obrigou cinco autarcas, Carlos Coutinho (Benavente), Hélder Esménio (Salvaterra de Magos), Pedro Ribeiro (Almeirim), Paulo Queimado (Chamusca) e Francisco Oliveira (Coruche) a abandonarem os cargos que exerciam, vão forçosamente surgir também algumas modificações nas estruturas sub-regionais, como é o caso da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), Águas do Ribatejo e Ecolezíria.
Embora de momento nenhum autarca assuma as pretensões e projetos, preferindo esperar pelas tomadas de posse e primeiras reuniões de cada uma das entidades, começam entre a classe política a surgir algumas definições daquilo que poderá ser o futuro próximo da gestão das entidades intermunicipais.
Das onze autarquias da Lezíria do Tejo Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém, ditaram os votos que cinco tenham presidência PS (Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Chamusca e Coruche), quatro PSD (Benavente, Cartaxo, Rio Maior e Santarém), e duas independentes (Golegã e Salvaterra de Magos), sendo que no caso da Golegã é conhecida a aproximação aos sociais-democratas, que apoiaram a reeleição de António Camilo, que acaba por deixar nas “mãos” da salvaterrense Helena Neves a decisão.
Helena Neves, recorde-se, decidiu avançar com a candidatura independente, através do movimento Juntos Fazemos+, quando viu que o PS preferiu apostar em Francisco Madelino.
Nos últimos dias têm existido já alguns contactos entre os autarcas, de modo a definir que “irá gerir o quê”, começando já a “contagem de votos” de modo a que as escolhas sejam fáceis, e permitam que todos trabalhem sem constrangimentos.
Para a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) apontam-se os nomes do Presidente da Câmara Municipal de Santarém, João Teixeira Leite (PSD), que deverá ter a oposição da socialista Sónia Sanfona, que foi reconduzida em Alpiarça.
João Teixeira Leite não confirma, mas também não desmente essa intenção, que foi mesmo abordada no discurso do Presidente da Assembleia Municipal de Santarém após a vitória nas autárquicas.
Já quanto a Sónia Sanfona, um encontro com Pedro Ribeiro, após a inauguração da Feira Nacional de Gastronomia, na passada quinta-feira, em Santarém, deixou antever a preparação dessa candidatura.
Por definir está também quem irá ser o administrador da nova empresa intermunicipal de transportes, havendo antes das eleições alguns nomes delineados, mas que podem agora sofrer um volte face.
Para a Águas do Ribatejo, onde cinco autarquias são geridas pelo PS, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Coruche e Torres Novas, uma pelo PSD, Benavente e outra independente, Salvaterra de Magos, não existe ainda um nome entre os favoritos, sendo que pode existir uma mudança do espetro político, depois desta ter tido sempre uma gestão ligada aos socialistas.
O cenário na Ecolezíria, que faz a gestão dos resíduos sólidos urbanos nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos, é semelhante, ainda que para o cargo de Administrador Executivo do Conselho de Administração, esteja a ser apontado o nome de Francisco Oliveira, até aqui Presidente da Câmara Municipal de Coruche.
As definições quanto aos nomes vão surgir após as tomadas de posse, que pela Lei terão que ocorrer até ao próximo dia 3 de novembro.
