O candidato da Aliança Democrática (AD) à Câmara de Santarém disse hoje que quer tornar a cidade “numa das principais capitais de distrito do país”, através da requalificação da frente ribeirinha e da atração de investimento privado.
Em declarações à Lusa, durante uma ação de campanha realizada no Jardim de São Domingos, João Leite destacou a importância da requalificação da frente ribeirinha do Rio Tejo como um dos “muitos passos” para afirmar Santarém como “uma das grandes capitais de distrito do país”.
“Queremos que as nossas famílias desfrutem daquele espaço magnífico com dignidade”, afirmou o cabeça de lista da coligação que junta PSD e CDS-PP, referindo que Santarém registou um crescimento de 30,6% nas dormidas entre 2019 e 2024, acima da média nacional.
O também presidente da Câmara de Santarém, que se recandidata, apontou ainda o investimento privado como “motor de desenvolvimento”, referindo que Santarém liderou em 2024 a criação de empresas no distrito e que, no primeiro semestre de 2025, igualou o número de novas empresas registadas no ano anterior.
“Estamos a viver um momento histórico de atração de investimento. O melhor instrumento de política pública que podemos oferecer é criar condições para que as empresas se instalem e gerem emprego”, disse.
A iniciativa no Jardim de São Domingos, que serviu para apresentar o cabeça de lista à União de Freguesias da cidade, decorreu num ambiente animado, com várias dezenas de apoiantes a empunhar bandeiras da coligação e a acompanhar o candidato pelas ruas do bairro, ao som do hino de campanha “Santarém Avança”.
No discurso, João Leite destacou a criação de uma ligação mecânica entre a Ribeira e o planalto da cidade, através de um funicular, e o investimento de 25 milhões de euros na construção de um novo hotel como exemplo da “dinâmica económica” que “está a transformar Santarém”.
“Hoje, quando prometemos, as pessoas sabem que vamos cumprir. A cidade desportiva, por exemplo, já está em obra”, afirmou.
O candidato da AD destacou também a “robustez financeira do município”, afirmando que Santarém tem hoje “o nível de endividamento mais baixo dos últimos 30 anos”, o que considera fundamental para garantir sustentabilidade e concretizar os projetos em curso.
Na área da habitação, João Leite anunciou um plano de investimento de 22,2 milhões de euros até 2029, com a criação de 382 fogos de habitação pública, distribuídos por várias freguesias.
“Queremos que os jovens tenham acesso a habitação digna em todo o concelho”, afirmou, referindo projetos em curso na Ribeira e no Parque 16 de Março.
A segurança foi outro dos temas abordados, com destaque para a instalação de câmaras de videovigilância e a intenção de as alargar a bairros como Sacapeito, São Domingos e zonas escolares.
O candidato destacou ainda o envolvimento da sociedade civil no projeto da AD, referindo que metade da lista à Câmara é composta por pessoas sem filiação partidária.
“Aqui cabem todos, desde que venham com um único interesse: colocar Santarém à frente de qualquer outro”, afirmou.
Sobre a campanha, disse estar a receber “uma grande recetividade da população” e manifestou confiança na possibilidade de alcançar maioria absoluta nas eleições de 12 de outubro.
A Câmara de Santarém é atualmente composto por quatro eleitos do PSD e quatro do PS, num acordo de governação que distribui pelouros entre os dois partidos. O Chega tem um vereador.
São candidatos à presidência da Câmara Municipal de Santarém João Leite (coligação PSD/CDS-PP), Pedro Ribeiro (PS), José Rui Raposo (CDU), Pedro Correia (Chega), Pedro Mendonça (coligação Livre/BE) e Rodrigue Devillet Lima (IL).