Pedro Marques, Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Lezíria (ULS Lezíria), que gere o Hospital Distrital de Santarém, aproveitou as comemorações dos 40 anos da unidade hospitalar para deixar um apelo à comunidade e decisores da região e do país, onde dá conta da necessidade do Hospital de Santarém ter o apoio de todos para que possa acompanhar as necessidades da região em termos de cuidados hospitalares.
Em declarações ao NS, Pedro Marques, lembrou que o hospital “cuidou da saúde de muita gente ao longo de quatro décadas”, mas que agora “também precisa que cuidem da saúde dele”.
O responsável afirmou que estão em fase avançada “um conjunto de intervenções que permitam requalificar o hospital”, reforçando que é fundamental “cuidar de quem cuida” para continuar a garantir cuidados de excelência, com humanidade e tecnologia atualizada.
Pedro Marques refere que a ULS Lezíria está a desenvolver “um plano até 2030” sustentado num levantamento rigoroso das necessidades do edifício e dos serviços, de forma a “continuar a entregar valor à comunidade”.
O administrador apontou para um investimento global previsto de 65 milhões de euros para modernização tecnológica, requalificação de enfermarias, ampliação de serviços clínicos e melhoria das condições de trabalho dos profissionais. Nesse sentido, fez um apelo direto: “o hospital sozinho não tem condições para poder suportar o investimento”, pelo que entende que essa prioridade precisa de ganhar dimensão política.
Pedro Marques lançou mesmo um desafio à região, que abrange a sociedade civil, mas também políticos e decisores, que “se interessem com o mesmo interesse que se interessaram, por exemplo, pela questão do aeroporto”, defendendo que o Hospital de Santarém deveria merecer igual empenho e visibilidade na agenda regional e nacional.
Reforçou que é necessário “sensibilizar quem tem o poder de decisão” para garantir o futuro da instituição.
Pedro Marques lembrou que o hospital se situa “em cima da rodovia, em cima da ferrovia”, pelo que tem de estar preparado para responder não só à doença aguda e ao tratamento quotidiano, mas também a possíveis situações de emergência de grande impacto.
O dirigente relevou ainda que o número de utentes aumentou “de 200 mil para quase 205 mil” numa curta janela temporal. Admitiu que esse crescimento não foi acompanhado “com a mesma velocidade” pelo reforço de profissionais e equipamentos. No entanto, deixou a garantia que o Hospital irá “conseguir dar resposta a todos eles”.
Para Pedro Marques, o futuro do hospital será determinado pela capacidade de união e de decisão da comunidade. “As instituições são aquilo que as pessoas quiserem que elas sejam” afirmou, assegurando que o maior tributo aos que fizeram a história do Hospital Distrital de Santarém seria garantir “40 anos futuros com ainda mais sucesso do que aqueles que já foram alcançados”.






