Hospital de Santarém autónomo nas autópsias fetais

4 Outubro 2021, 15:30 Não Por Redacção

O Hospital Distrital de Santarém (HDS) anunciou esta segunda-feira, a aquisição de um novo equipamento que vai permitir a adequada realização de todas as autópsias fetais e neonatais.

De acordo com Catarina Ivanova, responsável do Serviço de Anatomia Patológica do HDS, a autópsia fetal é importante quer para a compreensão da causa de morte “in útero”, quer em situações de interrupção médica de gravidez por malformações fetais para comprovar as alterações observadas em ecografia e documentar todas as alterações fetais. Por este motivo, “é crucial para o futuro seguimento da mulher e aconselhamento genético ao casal e futuras gestações”. 

Catarina Ivanova indica que em caso de suspeita de malformações fetais (anomalias congénitas) ou história familiar de malformações, a utente é discutida em Consulta de Decisão Terapêutica – antes e depois da eventual interrupção médica de gravidez -, com participação multidisciplinar de especialistas que incluem obstetras, anatomopatologista, imagiologistas, geneticistas e psicólogos.

 De acordo com a médica, o esclarecimento da causa de morte pode contribuir significativamente na ajuda do processo de luto. Neste sentido, sublinha, “a autópsia deve ser proposta a todos os pais após a morte neonatal precoce, explicando a sua importância e sublinhando como esta pode ser relevante em gestações futuras”.

 Até aqui, estas autópsias eram realizadas através de um protocolo com o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental – Hospital Egas Moniz, centro de referência nesta patologia e instituição onde Catarina Ivanova realizou formação específica complementar na área, que incluiu estágio e execução das autópsias fetais e neonatais provenientes do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HDS.


Fotografia: Direitos Reservados

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