Grupo ETSA investe 15 Milhões de euros em fábrica de alimentação para peixes em Coruche

17 Janeiro 2024, 11:05 Não Por João Dinis

O Grupo ETSA – Empresa Transformadora de Subprodutos Animais, conta iniciar no segundo semestre do ano, previsivelmente entre os meses de julho – agosto, mais uma unidade industrial em Coruche, resultante de um investimento de 14,5 milhões de euros, e que criará 15 postos de trabalho.

A nova unidade industrial da Sebol, empresa do grupo ETSA, dedicar-se-á à produção de proteína hidrolisada, para a alimentação de peixe.

A unidade já se encontra em fase avançada da sua construção, e para o investidor representa “um passo significativo para a sustentabilidade e inovação na aquacultura.”

 Impulsionada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e integrada no Pacto da Bioeconomia Azul, “esta obra é parte dos objetivos do projeto Pep4Fish, centrando-se na produção em larga escala de produtos inovadores: os hidrolisados proteicos, destinados à ração de peixe”, salienta o Grupo ETSA.

“A Sebol está muito otimista com o valor gerado por esta nova unidade produtiva, a qual representa, a nível industrial, a primeira proteína hidrolisada produzida a nível nacional e com foco na alimentação de peixe”, destaca André Almeida, responsável pelo Departamento de Investigação do Grupo ETSA, acrescentando que “este é um passo significativo e que contribuirá para uma produção eficiente e sustentável de peixe”.

Em termos simples, os hidrolisados proteicos são superalimentos desenvolvidos a partir de subprodutos animais, otimizando a absorção de nutrientes pelos peixes. Alinhado com os princípios da economia circular, esse processo envolve a utilização de subprodutos provenientes de peixes, aves, suínos e até insetos, sendo conduzido pelas distintas fases de investigação do projeto Pep4Fish. No final, estes hidrolisados, de alto valor acrescentado, serão incorporados nas rações para robalos e douradas, fortalecendo a saúde dos peixes e contribuindo para a nutrição humana, ao mesmo tempo que reduzem o desperdício alimentar e promovem a sustentabilidade na aquacultura.

A nova unidade industrial terá cerca de 9 000 metros quadrados e um investimento de 15,4 milhões de euros, dos quais cerca de 4,6 milhões são financiados pelo Pacto da Bioeconomia Azul. Com data prevista de conclusão para o segundo semestre de 2024, irá criar 15 novos postos de trabalho, e, de acordo com André Almeida, “será um impulsionador da sustentabilidade e inovação, contribuindo significativamente para o setor agroalimentar em Portugal”.

O projeto Pep4Fish é liderado pelo Grupo ETSA e conta com a participação de nove parceiros, incluindo centros de investigação e empresas: AgroGrIN Tech, B2E – CoLAB para a Bioeconomia Azul (B2E CoLAB), CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, ITS – Indústria Transformadora de Subprodutos (ETSA); Seaculture (Jerónimo Martins), Savinor e Sorgal (Soja Portugal), Sebol (ETSA) e Universidade Católica Portuguesa.

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