Governo rejeita proposta do PCP para requalificar EN118

29 Novembro 2022, 20:32 Não Por João Dinis

O Partido Comunista Português (PCP) viu o PS chumbar a sua proposta de alteração ao Orçamento de Estado, onde estes propunham que “o governo desenvolvesse os procedimentos necessários para iniciar em 2023 o projecto de requalificação de todo o traçado da EN 118.”

A votação decorreu em sede de Comissão de Orçamento, e além do voto contra do PS, registou-se também a abstenção do PSD, Chega e Iniciativa Liberal, sendo que BE, PAN e Livre acompanharam o PCP na votação favorável ao documento.

Para o PCP a requalificação da EN118 é importante uma vez que a via é estruturante do distrito de Santarém, atravessando os concelhos de Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Constância e Abrantes, sendo diariamente atravessada por milhares de viaturas que são obrigados a atravessar o centro de várias localidades, onde as populações se depara, com problemas relacionados com ruído, degradação de edifícios devido a turbulências, falta de segurança rodoviária, altos tempos de viagem entre concelhos, mau estado da via e necessidade de maior e melhor sinalética.

Pelas razões enunciadas, o PCP pretende que se concretize um plano de requalificação de todo o traçado da N118 (que se inicia no distrito de Setúbal e termina no de Portalegre), que estando associado à concretização de alternativas a esta estrada (nomeadamente a conclusão do IC3) permita reparar o pavimento, melhorar a sinalética (quer os sinais de trânsito, quer os traçados na via, quer o estudo de colocação de outros elementos como rotundas, semáforos, lombas, etc).

O facto ganhou esta segunda-feira maior dimensão, quando um grupo de elementos da Associação Social Amigos De Samora Correia se deslocou à Câmara Municipal de Benavente, solicitando que esta incluísse no seu orçamento, uma rubrica para retirar do centro da cidade de Samora Correia, sobretudo, o trânsito pesado, fazendo o seu desvio pela Estrada da Murteira.

Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente, demonstrou-se também ele preocupado com o tema, salientando no entanto que a obra terá que ser feita pelo Estado Central, e que ele mesmo já manifestou a urgência nessa intervenção junto da Infraestruturas de Portugal.

O autarca relevou ainda que espera que o projecto iniciado em 2013 possa, dez anos depois, sair do papel e servir a população, aguardando ansiosamente as respostas positivas das entidades governamentais que gerem as infraestruturas.

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