Governo não garante reposição de viatura dos Bombeiros de Salvaterra que ardeu há dois anos

Os Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos (BVSM) continuam à espera que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, ou o Ministério da Administração Interna (MAI) possam repor a viatura de combate a incêndios, perdida a 10 de julho de 2022, na sequência de um incêndio na Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos.

O veículo ardeu quando a equipa combatia o incêndio que deflagrou com grande intensidade, num eucaliptal, tendo deixado a viatura de combate a incêndios totalmente destruída, e deixando o corpo de bombeiros com uma carência de meios para fazer face às necessidades do concelho e da região.

Os Bombeiros e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil não chegaram ainda a um consenso. A Autoridade pretende atribuir aos Bombeiros de Salvaterra de Magos o valor comercial da viatura, que na altura com 30 anos, terá um valor a rondar os 20 a 30 mil euros, quando uma nova custará cerca de dez vezes mais.

Ao NS, o Secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, questionado sobre o tema, preferiu destacar o facto de “até ao final deste período vão ser atribuídas 81 viaturas”, referindo que a distribuição das viaturas foi “feita pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil”, que “teve em conta as necessidades que cada Corpo de Bombeiros tem e também as necessidades do país”, não esclarecendo o tema da corporação de Salvaterra de Magos.

“Há uma coisa que é certa, nós temos que pensar sempre no todo nacional e em dados objetivos para tomar uma decisão, e eu estou certo que foi isso que foi feito”, afirmou, reconhecendo no entanto que além dos Bombeiros de Salvaterra de Magos, “faltaram muitas (corporações) mais, “estamos a falar de 436 corporações de bombeiros pelo país”, a quem desde 2012 não era atribuídas viaturas de combate a incêndios.