GNR obrigada a intervenção em Escola de Coruche após vários episódios de agressões
17 Junho 2021, 11:03A Guarda Nacional Republicana (GNR) foi obrigada a uma intervenção musculada, esta quarta-feira, 16 de Junho, pela hora de almoço, depois do que se veio a revelar uma tentativa de invasão à Escola Básica de Coruche, por parte de encarregados de educação.
Segundo fonte oficial da GNR, os militares foram accionados depois de uma “tentativa de invasão (do espaço escolar) por parte de pais de alunos”, acrescentando a força policial que “foi elaborado um auto de notícia que será agora remetido ao Tribunal Judicial de Coruche”, onde o processo será avaliado, seguindo os trâmites legais.
Imagens a que o Notícias do Sorraia teve acesso mostram a intervenção da GNR junto a uma das entradas da Escola Básica n.º 1 de Coruche, onde um grupo de pais terá forçado a entrada, com o objectivo de “conversar” com uma professora que terá tido alguns problemas com um aluno.
Alunos e professora agredidos por alunos problemáticos
No último mês são diversos os relatos de agressões de alunos problemáticos a crianças mais novas, chegando mesmo a haver uma tentativa de agressão a uma professora, que só não foi concretizada depois da intervenção de uma colega que conseguiu conter o aluno.
Ao Notícias do Sorraia um familiar da professora agredida confirma a situação, referindo que “lamenta o sucedido, na escola, onde deveria ser garantida a segurança”, confirmando que foi já efectuada a respectiva denúncia nas autoridades, bem como a diversas entidades nacionais, incluindo o Ministério da Educação, todos os partidos com assento parlamentar e Presidente da República.
Segundo nos conta, à tentativa de agressão, terão sido também proferidas diversas ofensas por parte de um aluno de 16 anos, que frequenta o 6º ano lectivo, depois da professora o ter chamado à atenção por ter chegado atrasado à aula.
A professora, com mais de trinta anos de experiência, efectuou só este ano, inúmeras queixas à Direcção da Escola, que terá desvalorizado a questão, que culminou agora com um fim que não foi mais trágico que o choque emocional e os óculos partidos porque uma colega conseguiu sanar os ânimos, pelo que, o familiar imputa “à escola e ao município a responsabilidade moral” do acontecimento, por no seu entendimento não precaverem este tipo de acções.
Desde o início do mês de Maio, são frequentes os relatos de agressões, alegadamente praticadas por alunos mais velhos e considerados problemáticos, a crianças mais novas e mais indefesas.
Há relatos de que estes terão sido agredidos “de modo gratuito”, muitas vezes fechados nos wc’s, levando mesmo a que se recusem a ir à escola, o que acabou por provocar a sua mudança de estabelecimento de ensino.
Ainda assim, e de acordo com o que o Notícias do Sorraia conseguiu apurar, são poucos os relatos oficializados nas autoridades, sendo praticamente residual o número de queixas efectuadas, tanto na GNR como no Agrupamento de Escolas.
GNR frequenta espaço escolar
Nos últimos dias a GNR, através do programa ‘Escola Segura’ tem realizado diversas “acções de sensibilização” no espaço escolar, segundo nos explicou fonte da GNR, que acrescenta que estas acções permitem também uma maior visibilidade da GNR junto da comunidade escolar.
Agrupamento de Escolas em silêncio
O Notícias do Sorraia tentou contactar o Agrupamento de Escolas de Coruche, responsável pelo espaço escolar, sem sucesso até ao momento, não tendo estes respondido às nossas comunicações/solicitações por e-mail e/ou telefone.
Nas últimas semanas, e dado os relatos que também lhe chegaram, o Município de Coruche, que não pode ter uma intervenção directa no espaço uma vez que a responsabilidade é do Agrupamento de Escolas e do Ministério da Educação, reforçou também o número de auxiliares, com o objectivo de mitigar o número de ocorrências.
Na última reunião de Câmara, os vereadores do PSD e da CDU questionaram o executivo municipal sobre os relatos que lhes chegaram das agressões e do clima complicado que se vive na Escola Básica de Coruche, tendo a vereadora Fátima Galhardo (PS) esclarecido que a situação, embora não sendo da sua responsabilidade e que a sua acção se encontra muito limitada, está a ser acompanhada também pela autarquia.
Fátima Galhardo explicou ainda que os alunos que frequentam o Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), para jovens entre os 15 e 18 anos que frequentem o 5º e 6º anos de escolaridade, se encontram fora daquele espaço escolar, estando a realizar as suas actividades lectivas na Escola Básica do Vale Verde.
[…] Como a escola pública, ao contrário do que acontece nos hospitais, não tem urgências nem atenção mediática (ou tem a atenção que a FENPROF determina), apenas alguns casos, pela sua brutalidade ou grotesco (geralmente andam juntos), chamam por breves momentos a atenção para um quotidiano escolar degradado que não cabe na propaganda: em Maio deste ano, “um grupo de pais dos alunos de uma escola básica do 1º ciclo de um concelho do distrito de Braga apresentaram queixa na GNR por alegados ataques sexuais aos filhos, de 7 e 8 anos, dentro do estabelecimento de ensino. Os agressores serão alunos da mesma escola, “mais velhos”, que segundo os denunciantes, “ameaçam as vítimas com uma navalha”.” Também em Maio foram registadas “Tentativas de violação, alunos com navalhas e agressões em Escola Escola Secundária de Ponte de Sor” enquanto na “Escola Básica de Coruche são frequentes os relatos de agressões, alegadamente praticadas por alun…” […]
[…] Como a escola pública, ao contrário do que acontece nos hospitais, não tem urgências nem atenção mediática (ou tem a atenção que a FENPROF determina), apenas alguns casos, pela sua brutalidade ou grotesco (geralmente andam juntos), chamam por breves momentos a atenção para um quotidiano escolar degradado que não cabe na propaganda: em Maio deste ano, “um grupo de pais dos alunos de uma escola básica do 1º ciclo de um concelho do distrito de Braga apresentaram queixa na GNR por alegados ataques sexuais aos filhos, de 7 e 8 anos, dentro do estabelecimento de ensino. Os agressores serão alunos da mesma escola, “mais velhos”, que segundo os denunciantes, “ameaçam as vítimas com uma navalha”.” Também em Maio foram registadas “Tentativas de violação, alunos com navalhas e agressões em Escola Escola Secundária de Ponte de Sor” enquanto na “Escola Básica de Coruche são frequentes os relatos de agressões, alegadamente praticadas por alun…” […]