GNR desmantela estufa de canabis na antiga panificadora de Alcanhões (com Fotos)

A GNR de Santarém desmantelou esta terça-feira, 21 de janeiro, uma estufa de canabis, que alegadamente funcionaria nas antigas instalações da Panificadora Regional de Alcanhões, no concelho de Santarém.

O alerta para a localização do equipamento produtor de produto estupefaciente foi dado pela E-Redes, que após várias falhas de eletricidade na freguesia, reportadas por moradores, tentaram encontrar o problema, deparando-se com um elevado consumo daquela localização.

A ida de técnicos ao local, na noite de domingo, fez com que estes tivessem descoberto um equipamento de distribuição de energia, e um gerador, que os levou a alertar as autoridades para a possibilidade de ali se encontrar algo ilícito.

Esta terça-feira, dezenas de militares de diversas valências da GNR de Santarém deram cumprimento a mandados de busca emitidos pelo Ministério Público de Santarém, que levaram, de acordo com as primeiras informações a GNR a apreender centenas de pés de canabis, bem como diverso material para a produção e acondicionamento do produto estupefaciente.

Para já, não existe ainda registo de detenções.

Fonte oficial da GNR de Santarém confirmou ao NS, que pelas 15 horas, estava ainda a decorrer a operação, de momento com a realização de “um mandado de busca não domiciliário”, não existindo, para já, dados oficiais.

“Estamos a recolher provas e as agências de inquérito seguirão com as investigações para avaliar o impacto desta operação. Neste momento, está a ser feita a apreensão”, acrescentou a fonte do Comando Territorial de Santarém da GNR.

Segundo apurou o NS, existiriam seis salas, que serviam de base à operação de cultivo e preparação da canabis.

As instalações da Panificadora Regional de Alcanhões, foram vendidas em 2018, depois de um processo de insolvência iniciado em 2013, desconhecendo-se para já quem será o proprietário do mesmo, uma vez que existiram vários proprietários e sociedades ao longo do tempo.

Segundo alguns vizinhos o edifício sofreu alterações nos muros que delimitam a frente da propriedade, quando, há cerca de dois anos, os muros foram subidos e colocadas as chapas metálicas que se podem ver nas imagens que acompanham esta notícia. Segundo o testemunho destes vizinhos, foram cidadãos de aparência característica dos países asiáticos que fizeram a instalação.

Alguns vizinhos relatam ainda que avistaram em várias ocasiões veículos a entrar e a sair do espaço durante a madrugada.

Pedro Esteves, presidente da Junta de Freguesia de Alcanhões, explicou ao NS que o rumor que sempre correu na vila é que o edifício teria sido adquirido por indivíduos de nacionalidade chinesa para a construção de uma superfície comercial, uma “loja do chinês”, como são comumente conhecidas.

(Noticia em Atualização)