Gastronomia coruchense em destaque no domingo no Festival Nacional de Gastronomia

O Festival Nacional de Gastronomia, que decorre até ao próximo domingo, na Casa do Campino, em Santarém, dedica o dia 27 de outubro à gastronomia coruchense, com a presença do Município de Coruche.

“Provas e mostras de gastronomia, produtos locais, vinhos, artesanato e etnografia marcam a programação especial de 27 de outubro, Dia do Município de Coruche na 43.ª edição do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém”, anuncia o Município de Coruche.

Entre o meio-dia e a meia-noite, os visitantes podem participar em atividades de promoção turística, provas de vinhos e degustações de doçaria e iguarias típicas de Coruche. O arroz doce, feito com arroz carolino do Vale do Sorraia, está em destaque pelas mãos de Mafalda Cecílio, gerente da marca “Pão e Bolinhos d’Avó Joaquina”. Feito sem gemas de ovo, mantendo-se fiel às tradições de tempos de carestia, quando se usava água e pouco ou nenhum leite, o arroz doce de Coruche resulta numa textura única, que endurece ligeiramente após a confeção. A riqueza do solo e a abundância de água conferem-lhe uma qualidade distintiva, reconhecida internacionalmente.

Durante a sessão de show cooking, que decorre entre as 16 horas e as 17h30, é também possível saborear os Pãezinhos do Montado, numa iniciativa mais uma vez dinamizada por Mafalda Cecílio, e saber mais sobre o evento enogastronómico Comer de Carne, conhecido também como Sopas de Carne — prato que remonta às jornadas de trabalho nos campos do Sorraia, tradicionalmente confecionado em panelas de barro sobre lume de chão. Preservando os sabores únicos da região, preparado com carnes e produtos locais, o Comer de Carne é um testemunho da apetitosa herança culinária de Coruche, celebrada a 9 e 10 de novembro por ocasião da mostra enogastronómica Comer de Carne.

Também os vinhos, provenientes de Quinta da Arriça, Quinta de Santo André e Herdade dos Fidalgos, casas agrícolas locais que possuem as suas próprias vinhas e adegas, estão em evidência no FNG, com provas ao longo do dia. Destacam-se pela sua qualidade e tradição, oferecendo mais do que aromas e sabores: emoções. A Quinta da Arriça oferece vinhos produzidos com castas como Sousão, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah e Pinot Noir. A Quinta de Santo André, com vinhedos no Vale do Sorraia, é conhecida pelas suas castas Fernão Pires, Tália, Periquita e Trincadeira. A Herdade dos Fidalgos, na Charneca, produz vinhos premiados com castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Syrah, Alicante Bouschet, Aragonez e Sauvignon Blanc. Estes vinhos, fruto de vinhedos seculares e castas nobres, captam a essência do terroir de Coruche, onde a simbiose entre cortiça e vinho é ancestral, simbolizando parte fundamental da identidade da região.

Além das experiências gastronómicas, o dia de Coruche é animado pelo Rancho Folclórico da Fajarda, que leva a etnografia coruchense a percorrer o recinto entre as 15h30 e as 18 horas, celebrando as tradições vivas do Concelho. Este ano, o FNG promete uma experiência enriquecedora que alia modernidade e tradição. Com a presença de 12 restaurantes representativos de diversas regiões do país e mais de 50 municípios participantes, o festival celebra a diversidade da gastronomia portuguesa. Entre as principais novidades, destaca-se o Troféu Portugal 2024, que reúne chefs de várias regiões do País num prestigiado concurso de cozinha, bem como a gravação in loco do programa MasterChef.

O festival inclui um espaço enogastronómico para promover a harmonização entre vinhos e gastronomia, e novas dinâmicas são introduzidas, como o Espaço Makro, onde o chef Rodrigo Castelo convida outros cozinheiros para demonstrações. As tradicionais tasquinhas continuam a ser o coração do festival, proporcionando uma volta a Portugal pelas especialidades regionais, ao passo que um novo Lounge Food & Drink dedicado a street food oferece um ambiente descontraído para convívio. Com programação variada e muita animação cultural, o FNG volta a contar com a presença de Coruche, que reforça a ligação entre gastronomia e cultura, evidenciando-se como um território que preserva a sua herança, simultaneamente projetando-se no futuro, sem perder de vista a sua identidade.