Funcionária afastada da Escola Abel Avelino após acusações de maus tratos

A funcionária acusada de alegados maus tratos a alunos do 1.º ano de escolaridade na Escola Professor Abel Avelino, em Alpiarça, vai ser alvo de um processo de inquérito e foi transferida da escola primária para a escola secundária, que fica no mesmo recinto.

A decisão foi tomada pela direção da escola após cerca de duas dezenas de encarregados de educação terem estado em protesto junto à porta da escola, na manhã de segunda-feira, 13 de janeiro.

Em declarações ao NS, Tiago Carqueijeiro, pai de uma aluna da escola, explicou que ficou a saber da situação através do relato da sua educanda, que lhe contou que a funcionária terá obrigado as crianças a passar toda a hora de almoço de sexta-feira, 10 de janeiro, deitadas no “chão frio e molhado” do corredor, sob pretexto de se tratar de um jogo, para que não fossem para o recreio, já que as condições atmosféricas não o permitiam. A filha terá contado ainda que “sempre que as crianças se mexiam ela berrava a dizer que não se podiam mexer”, explica ainda Tiago Carqueijeiro, acrescentando que uma das crianças que se terá mexido foi a sua filha porque os óculos a estavam a magoar por “estar com a cabeça deitada no chão”.

Os pais concentraram-se à porta da escola com o objetivo de falar com um representante da direção para chegar a uma resolução da situação. A direção escusou-se a enfrentar o grupo de pais no momento, tendo solicitado o agendamento de uma reunião para mais tarde.

O protesto pacífico foi acompanhado de perto por vários elementos da GNR de Alpiarça. Uma vez que a direção se recusou a entrar em diálogo com os representantes dos encarregados de educação quando solicitado, os mesmos decidiram avançar para uma queixa crime, já que esta situação pode configurar um crime público de maus tratos a menores.