Fuga de cinco reclusos de Alcoentre coloca autoridades da região em alerta máximo (com Fotos)

A fuga dos cinco presos da Cadeia de Alcoentre, no concelho de Azambuja, concentrou este sábado as atenção da população e sobretudo das autoridades da região, que tenta agora encontrar o paradeiro dos cinco reclusos que estavam a cumprir penas entre os 7 e 25 anos.

O alerta para a fuga dos reclusos foi dado pelas 12 horas, cerca de duas horas após a fuga dos reclusos, que tornaram real um cenário que habitualmente vimos em filmes. Com o apoio de três homens, que terão preparado a fuga, e que as autoridades suspeitam, possam ser antigos militares, ou com ligações a forças de segurança, os cinco reclusos receberam do lado de dentro da prisão uma escada que foi fundamental para a sua fuga.

Cá fora, além dos três cúmplices, tinham duas viaturas que os levaram para parte incerta.

Os reclusos e os seus cúmplices terão nos últimos dias, estudado as rotinas da Prisão, considerada de alta segurança em Portugal, e aproveitando que os guardas, em número bastante mais reduzido que o essencial, estavam ocupados com a organização das visitas, encetaram uma fuga que culminou com grande sucesso e espetacularidade.

A fuga ficou registada no serviço de videovigilância da prisão, cujas imagens foram divulgadas pelo Sindicato Nacional da Guarda Prisional, que tentou suprimir a falta de Guardas Prisionais, mas que além de uma câmara avariada e de um sistema de intrusão também avariado, não teria ninguém a visualizar as imagens, para que o alerta pudesse ser dado atempadamente.

Após terem sido dados todos os alertas, as autoridades montaram uma verdadeira caça ao homem, que envolve a GNR, PSP, Polícia Judiciária, Secretas e contam também com cooperação Internacional, tendo sido já emitidos alertas em países da União Europeia.

As autoridades não descartam nenhuma hipótese para o local onde terão fugido os reclusos, alertando a população que deverá evitar contacto com estes, devendo dar o alerta às autoridades caso tenham alguma pista sobre o seu paradeiro.

Em toda a região da Lezíria do Tejo, embora as autoridades não estejam a utilizar policiamento “visível”, existem operacionais das forças de segurança que tentam agora encontrar pistas que os levem a encontrar os reclusos em fuga.

Conheça agora os reclusos evadidos:

• Fernando Ferreira (português), de 61 anos, condenado a 25 anos pelos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa, furto, roubo e rapto;
• Rodolf Lohrmann (argentino), de 59 anos, condenado a 18 anos e 10 meses pelos crimes de associação criminosa, furto, roubo, falsas declarações e branqueamento de capitais;
• Mark Cameron Roscaleer (britânico), de 39 anos, condenado a 9 anos, pelos crimes de sequestro e roubo;
• Shergili Farjiani (georgiano), de 40 anos, condenado a 7 anos, pelos crimes de furto, violência e falsificação de documentos;
• Fábio Loureiro (português), de 33 anos, condenado a 25 anos, pelos crimes de tráfico de menor, associação criminosa, extorsão, furto de capitais.