“Foi bastante importante estar a participar na vida política do meu país”, afirma Diana Alvito que votou pela primeira vez

Diana Alvito fez os 18 anos em Dezembro, e este domingo, 30 de Janeiro, integrou pela primeira vez os cadernos eleitorais, podendo assim exercer o direito de voto, numas das mais importantes eleições já realizadas em Portugal, tendo em conta todo o período que o país atravessa.

Estudante de Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa, a jovem que votou este domingo pela primeira vez na secção de voto da Barrosa, concelho de Benavente, onde reside, confessa que a política é um tema que lhe desperta interesse, e que fez um “esforço para perceber um bocadinho melhor sobre a situação e tentar informar-me ao máximo para fazer uma escolha acertada”.

Apesar de ter que voltar a casa, por se ter esquecido da carteira e do seu documento de identificação, episódio que vai marcar a sua primeira vez como eleitora, Diana considera que este acto lhe deixa um “sentimento muito importante de estar a participar na vida política do meu país”, o que afirma lhe “soube bastante bem”.

Questionada sobre se a campanha que os partidos realizaram foi também direccionada para os jovens, uma das mais jovens eleitoras do país considera que os partidos fizeram uma campanha geral e que “no caso dos jovens a maior preocupação foi talvez as propinas”, havendo depois “aqueles interesses que eu sinto que são comuns a toda a população, como o clima ou a nível económico”, considerando esta que a campanha “não tem de ser tão direccionada aos jovens, tem que ser direccionada à população em geral e aos assuntos que interessam a todos”.

Diana considera que votar é mais que um direito, para si é “um dever que me devia estar incutido participar na vida da sociedade e ter aqui este poder político”, isto porque “não podemos claramente esquecer que nem sempre assim foi na história em Portugal” pelo que entende ser “muito importante podermos ter esta liberdade que nem sempre nos foi garantida”.

Apesar de estar a votar em plena pandemia a jovem que desde sempre reside no concelho Benavente e regressou agora à escola primária para votar, sente que o fez em segurança, mas ainda assim, e sobretudo também pelo momento que vivemos, considera que Portugal deveria ter já adoptado outros sistemas de votação, como o voto electrónico, dando mesmo o exemplo da sua avó que testou positivo à Covid-19 há dois dias e que está agora com receio de ir votar e poder colocar outras pessoas em risco, apesar de lhe ser permitido. “O voto electrónico não era uma coisa assim tão difícil de se fazer”, diz-nos.

Diana Alvito, conclui referindo que votar pela primeira vez, com 18 anos acabados de fazer, “foi diferente, nunca tinha feito isto, mas foi um sentimento muito importante de estar a participar na vida política do meu país, e soube bastante bem”.