Foco de gripe das aves detectado no distrito de Santarém

1 Janeiro 2022, 12:34 Não Por Redacção

Depois de já terem sido detectados dois focos de Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) em explorações em Palmela e Óbidos, foi detectado no dia 30 de Dezembro um terceiro foco da doença que afecta aves, numa exploração de perus, em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha.

De acordo com a Direcção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV) foi já activado o plano de contingência, bem como todas as medidas de controlo previstas nestas situações. Estas medidas incluem a inspecção aos locais onde foi detectada a doença e a eliminação dos animais afectados, assim como a inspecção às explorações pecuárias existentes nas zonas de protecção, num raio de 3 km em redor do foco, e notificação de vigilância num raio de 10 km em redor do foco.

Até ao momento, não há evidência epidemiológica de transmissão da gripe aviária aos seres humanos através do consumo de alimentos, nomeadamente de carne de aves de capoeira e ovos.

Segundo anuncia a DGAV os trabalhadores envolvidos na eliminação dos focos registados até a esta data e que lidaram directamente com as aves infectadas foram rastreados pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, até agora com resultados negativos.

O vírus da GAAP encontra-se em circulação em vários países da União Europeia, tendo sido identificado em aves selvagens migratórias provenientes da Ásia e do leste da Rússia e em aves de capoeira. A transmissão faz-se por contacto entre aves selvagens e domésticas e também por contactos entre as explorações pecuárias (trabalhadores, equipamentos, etc.) devido a quebras de biossegurança. Ocasionalmente, algumas estirpes de vírus da gripe aviária podem infectar outros animais, nomeadamente mamíferos, e também o ser humano. No entanto, para que tal aconteça, é necessário que haja um contacto muito estreito entre as aves infectadas e as pessoas ou entre aves e outros animais.

Considerando a situação epidemiológica actual, a DGAV salienta a importância do cumprimento estrito das regras de biossegurança e das boas práticas de produção avícola, especialmente aquelas destinadas a evitar contactos directos ou indirectos entre as aves domésticas e as aves selvagens, os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves. É ainda importante a observação diária e atenta das aves de capoeira, incluindo a monitorização dos consumos de alimento e água e dos índices produtivos.

A DGAV refere ainda que os operadores que detêm aves de capoeira ou aves em cativeiro são os primeiros responsáveis pelo estado sanitário dos animais por si detidos e, perante uma qualquer suspeita de doença, a mesma deverá ser imediatamente comunicada à DGAV.

A detecção precoce de focos de infecção por vírus Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) é absolutamente essencial para a rápida e eficaz implementação no terreno das medidas de controlo da doença destinadas a evitar a sua disseminação, minimizando, assim, as perdas para o sector de produção avícola nacional, o qual se encontra afectado pela alteração do estatuto sanitário nacional, decorrente destes surtos em explorações de aves comerciais.

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