Fiscalização das normas da Covid-19 dá o mote para descoberta de “sofisticado laboratório” de produção de canábis em Coruche (Com Fotos)

10 Março 2021, 16:24 Não Por João Dinis

Foi o trabalho de uma patrulha da Guarda Nacional Republicana de Coruche (GNR), que na passada sexta-feira, 5 de Março, fiscalizava o cumprimento das regras da Covid-19, que iniciou a descoberta de uma “sofisticado laboratório de produção de canábis”, localizado no Frazão, concelho de Coruche, de onde foram apreendidas 459 plantas de canábis; 37.526 doses de canábis; 48 doses de cocaína; quatro viaturas; 565 libras esterlinas, 850 grivnas e 100 euros em numerário e ainda diverso material relacionado com a plantação, germinação, secagem e venda de canábis, bem como detidos 3 homens que a GNR suspeita serem os responsáveis e distribuidores do produto estupefaciente.

De acordo com o Capitão Oliveira, Comandante do Destacamento de Coruche da GNR, os militares abordaram os suspeitos, que se encontravam ao final de sexta-feira, junto à Praça de Touros de Coruche, tendo depois acompanhado os indivíduos à propriedade com o objectivo destes apresentarem a sua documentação, “para proceder à elaboração do expediente contraordenacional”. “Enquanto se encontravam na propriedade, os militares notaram um forte odor a canábis e mais alguns indícios que se encontram relacionados com a produção propriamente dita do produto”, refere o Capitão, sendo que a partir daí foi desencadeada uma operação de investigação, durante três dias, que permitiu chegar a uma das maiores apreensões deste tipo de droga no nosso país, só ultrapassada pelas apreensões realizadas em barcos junto à costa.

Na antiga pecuária, desactivada há cerca de 10 anos, e onde funcionaria nos últimos 3 a 4 anos este verdadeiro laboratório de produção de canábis, dado o “tipo de instrumentos utilizados, o tipo de químicos e a forma como estava organizada toda a cadeia de produção, desde desde a própria plantação até à fase final de condicionamento e transporte para venda ao consumidor” refere a Diogo Oliveira, demonstrando a sua satisfação com esta apreensão, não confirmando no entanto se se trata de um caso isolado ou se este grupo e esta estufa fazem parte de uma rede organizada, encontrando-se ainda a decorrer a investigação que irá permitir responder a essas questões.

Sobre os três homens que serão presentes a juiz na manhã desta quinta-feira, 11 de Março, o capitão Oliveira referiu que os 3, com idades entre os 30 e os 37 anos, possuem documentação que lhes permite residir em Portugal, não sendo conhecidos para já quaisquer antecedentes criminais.

Já no Posto da GNR de Coruche estava parte do produto apreendido, bem como diverso material electrónico, computadores, material de acondicionamento das plantas e produto estupefaciente, bem como diversos componentes das estufas, como bombas de rega, ventiladores, entre outros utensílios utilizados para fins ilícitos.

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