Film Club regressa a Coruche com cinco curtas metragens

16 Setembro 2024, 17:36 Não Por Redacção

O Auditório Municipal de Coruche recebe no dia 20 de setembro, a partir das 21.30 horas, a despedida do verão e do regresso pós-férias do film club waves of youth, com uma extensão do festival @indielisboa.

A iniciativa abrirá com “Clotilde”, uma curta-metragem de Maria João Lourenço que nos transporta para um planeta distante, onde a reprodução é obrigatória. No entanto, Clotilde, uma mulher de três olhos e vestido amarelo, desafia as normas em busca de prazer. Esta animação vibrante e ousada é uma metáfora colorida e irreverente da nossa sociedade, que continua a silenciar quem se atreve a ser diferente. 

Em seguida, será apresentado “Com Amor, Medo”, um documentário de Telmo Soares que acompanha a digressão europeia dos 5ª Punkada, uma banda nascida na Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra. Ao longo de quatro países, testemunhamos a energia punk e a determinação destes artistas com deficiência, que nos mostram o verdadeiro significado de resistência e paixão pela música.

Segue-se “Tanganhom”, de Vítor Covelo, que nos leva à aldeia de Parada do Monte, em Melgaço, onde uma lenda antiga sobre um encontro com o diabo, conhecido como Tanganhom, desafia a linha entre o real e o imaginário. Esta história, transmitida de geração em geração, convida-nos a refletir sobre a bravura e as superstições que moldam as comunidades rurais. 

Depois, “Nunca Mais É Demasiado Tempo”, de Bruno Ferreira, oferece-nos uma reflexão divertida e ambígua sobre os desafios de fazer cinema. Quando uma cartomante antecipa com precisão problemas num casting, a equipa de produção é forçada a reinventar o filme. Este jogo entre realidade e ficção revela-se um exercício lúdico sobre as incertezas e a arte do cinema. 

O encerramento ocorrerá com “Conseguimos Fazer Um Filme”, de Tota Alves. A história acompanha Maria Inês e as suas amigas, que, durante as férias de verão num bairro social de Lisboa, exploram as primeiras brisas do amor e a magia de fazer um filme. Esta obra colaborativa, rica em improvisações e diálogos espontâneos, celebra a importância da pertença e da criatividade comunitária.

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