Filarmónica de Benavente celebrou 150 anos “de uma história para lá dos registos” (Com Vídeo e Fotos)

1 Novembro 2021, 23:36 Não Por João Dinis

O Cine-Teatro de Benavente recebeu esta segunda-feira, 1 de Novembro, dois dos mais importantes momentos das comemorações dos 150 anos da Sociedade Filarmónica Benaventense, a apresentação do livro “Quando a Música Nasce da Raiz dos Sonhos”, que conta a história da Sociedade Filarmónica e o Concerto comemorativo da efeméride.

Com a pandemia a trocar as voltas à Direcção, os momentos com que se encerrariam as comemorações do século e meio de vida da Sociedade Filarmónica Benaventense (SFB), foram agora os primeiros momentos e actividades com que se vão celebrar esta bonita e importante efeméride. O anúncio foi feito pelo Presidente da Direcção da SFB, David Lima, que era hoje um homem bastante orgulhoso, não só pelo lançamento do livro, que contou com o apoio do Município de Benavente, como pela efeméride que a colectividade celebra.

A apresentação do livro foi feita em jeito de tertúlia, com um painel composto por David Lima, Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente, João Dias, Maestro da Banda e o autor do livro, Domingos Lobo. A apresentação e moderação ficou a cargo de Sónia Lapa.

David Lima enalteceu também a importância história desta obra, não só para a colectividade, como também para o concelho de Benavente, pois a história da Filarmónica é também parte integrante da Sociedade Filarmónica, “não há ninguém em Benavente que não tenha tido um familiar na Filarmónica”, frisou.

Numa colectividade que vai muito para lá da música, são muitas as gerações que se cruzam na história da SFB, numa tradição que vai passado de geração em geração.

Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente desacatou a importância da Sociedade Filarmónica Benaventense na cultura do concelho. A SFB afirmou-se como “a conservatória do povo”, sendo inúmeros os músicos que ali começaram e que hoje se encontram um pouco por todo o mundo.

O autarca destacou o papel da colectividade não só na música, como nas mais diversas vertentes da cultura, desde a filatelia às actvidades artísticas e lúdicas.

A Sociedade Filarmónica Benaventense é a associação mais antiga do concelho e tem “um papel absolutamente insubstituível”, destacou, demonstrando ainda satisfação pelo envolvimento da autarquia nestas comemorações que agora se iniciaram.

O Maestro João Dias, que fez um claro apelo, sobretudo aos mais jovens, para que venham aprender música. No seu entender esse é o seu grande desafio que as filarmónicas vão ter, “o problema dos telemóveis e das redes sociais”, que está a tirar o foco aos jovens.

João Dias, que dirige a banda desde 2010, destacou ainda o papel das Direcções que têm levado a SFB a bom porto, como o dos actuais corpos dirigentes, que “estão a fazer um esforço muito grande para investir na banda”.

A música aprende-se dos 8 aos 80, e aprende-se em qualquer idade”, afirmou em jeito de desafio a todos para que venham até à Sociedade Filarmónica Benaventense aprender música.

Domingos Lobo, autor da obra, que contou com a paginação de Susana Soares e pesquisa de José Branco, destacou também a importância da Sociedade Filarmónica Benaventense para o concelho de Benavente, sendo uma das colectividades que desde sempre levou a cultura do povo para o povo.

O autor revelou ainda que embora o livro embora retrate os 150 anos da Sociedade Filarmónica Benaventense, “há muita história para lá dos registos”, o que engrandece ainda mais toda a história da colectividade.

Após a tertúlia e apresentação da obra, seguiu-se um concerto com a Sociedade Filarmónica Benaventense, que executou diversas obras do seu reportório, num espectáculo bastante aplaudido pelo muito público que se deslocou à magnífica sala do Cine-Teatro de Benavente.

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