ETAR de Samora Correia entra em funcionamento

Depois de concluída a fase de testes, que se realizou entre Setembro e Dezembro, a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Samora Correia, localizada na Herdade de Palhavã, em Porto Alto, já entrou em funcionamento.

Resultante de um investimento de 5 milhões de euros da Águas do Ribatejo, a ETAR foi construída “numa zona de charneca, rodeada de montado de sobro, fora da malha urbana e perto do rio de modo a minimizar os impactes sociais e ambientais”, refere a empresa, que acrescenta que o terreno adquirido previu a duplicação da ETAR numa segunda fase de modo a garantir também o tratamento dos efluentes das bacias da Esteveira e da Murteira que actualmente são tratados nas ETAR existentes, servindo mais de 36 mil pessoas, ao invés das actuais 18 mil.

Neste início de 2022, os indicadores avaliados no último trimestre, comprovam a eficiência do tratamento evidenciada na qualidade da água devolvida ao rio e ao Ciclo Urbano da Água através do emissário de descarga construído na margem esquerda do Rio Sorraia, a montante do limite da zona de protecção do estuário do Rio Tejo, no Porto Alto.

A construção da ETAR de Samora Correia representa o maior investimento da Águas do Ribatejo, que assumiu cerca de 4 milhões de euros do investimento com base num empréstimo bancário e capitais próprios, sendo o restante apoiado com fundos do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos POSEUR PORTUGAL 2020 que assegurou uma comparticipação de 850.377 euros.

Além da construção da ETAR, o investimento contemplou também a construção dos emissários e condutas com 10 km e três estações elevatórias para encaminhar o “esgoto” para a ETAR.

As novas estações intermédias foram implementadas nos locais das ETAR de Quinta dos Gatos, Bordalo Pinheiro e Pendente 2 (Porto Alto) que estavam em final de vida útil com debilidades de funcionamento.

A empreitada permitiu também requalificar as vias onde passa o emissário e condutas melhorando as condições de acessibilidade para as populações que vivem na zona e utilizam as vias intervencionadas.