Escolinha de Folclore da AREPA começou numa brincadeira e hoje tem até um importante papel social (com Fotos)
29 Agosto 2024, 21:06A Escola de Folclore da AREPA, do Porto Alto, “que começou por uma brincadeira”, é hoje um projeto de enorme sucesso, detendo até um importante papel social, revelou esta quinta-feira ao NS a dinamizadora do projeto, Mafalda Sousa.
Os jovens dançarinos do Porto Alto foram a atração principal do encontro de seniores do Município de Benavente, que reuniu cerca de um milhar de pessoas em idade de reforma no Parque Escotista dos Camarinhais, e que levaram os seus avós e amigos a recordar os seus tempos de juventude.
“Nós tínhamos o rancho adulto e este já estava a ficar um rancho misto, pois há havia muita criança e então surgiu a ideia de criarmos uma escolinha de folclore”, começa por nos dizer Mafalda Sousa, que fala do projeto com orgulho e entusiasmo.
O projeto da Escola de Folclore da AREPA tem dez anos “e hoje já estamos a tirar frutos da escola, pois já temos dançarinos no Rancho Adulto”, diz-nos a responsável.
Além da Escola de Folclore, esta é também uma forma de ensinar aos mais jovens como era a vida dos seus avós e pais. “Passamos a mensagem de como eram as nossas tradições, como viviam os nossos antepassados”, “e hoje são já algumas das crianças que nos vão perguntando porque era assim”, acrescenta Mafalda Sousa.
Com crianças entre os dois e os 14 anos, a Escola de Folclore da AREPA é um exemplo na região, sendo também importante na área social, pelo trabalho que realiza com alguns alunos que encontram no folclore uma motivação e uma família, que os motiva e impede que possam seguir por caminhos menos abonatórios.
“É muito gratificante chegar ao pé deles e eles gritarem pela “tia” que sou eu, e eles querem ir para casa da tia porque lá se sentem bem”, conta-nos com um brilho nos olhos.
Contando com o apoio de duas casas agrícolas do concelho de Benavente, anualmente a Escola de Folclore da AREPA realiza uma viagem com os jovens dançarinos. “O ano passado fomos com eles a Paris, fomos à Disney, uma coisa que para muitos meninos era impensável, mas que nós conseguimos reunir esse esforço graças à casa agrícola Quinta da Foz, que já há dois anos seguidos nos dá 7.500 euros e também à Sport Agrícola, que também nos dá um donativo de 2500 euros, apoios que são um balão de oxigénio que nos dá para trabalhar com eles de maneira diferente, porque todos os trajes, todos os sapatos somos nós, AREPA que lhes fornecemos”.
O ano passado a visita foi a Paris, e este ano ”com a ajuda da Casa Agrícola Quinta da Foz, vamos de comboio até Coimbra ao Portugal dos Pequenitos, vamos fazer um piquenique e depois voltamos para que em setembro comecem os ensaios e que possamos começar a trabalhar novamente com eles”, conclui.