Época de incêndios na Lezíria arranca sem helicóptero e conta com quase 500 operacionais no período crítico (com Fotos)

30 Maio 2023, 22:54 Não Por Lusa

A sub-região da Lezíria contará, no período crítico de incêndios rurais, de 01 de julho a 30 de setembro, com 489 operacionais, aguardando ainda o meio aéreo que deveria ter sido colocado em Santarém no passado dia 15.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para a Lezíria do Tejo foi apresentado hoje ao final do dia no Comando Nacional da Força Especial de Proteção Civil, em Almeirim (Santarém), tendo o comandante Hélder Silva afirmado que será sensivelmente superior ao que vigorou em 2022.

Com a divisão do distrito de Santarém em duas sub-regiões, Médio Tejo e Lezíria do Tejo, Hélder Silva afirmou que está “garantido que o ataque inicial deve ser musculado e articulado entre as sub-regiões, recorrendo a todos os meios exigíveis que estejam disponíveis”.

O plano para a Lezíria prevê para o nível Delta, de 01 de julho a 30 de setembro, 489 operacionais, sendo que 284 são bombeiros, 95 da GNR, 32 da PSP, 40 sapadores florestais, 13 do Corpo Nacional de Agentes Florestais e 25 da associação de produtores florestais Afocelca.

A GNR tem já em funcionamento postos de vigia em Agolada (Coruche), Conde (Rio Maior) e Alorna (Almeirim), a que se juntarão quinta-feira mais cinco (dois em Coruche, dois em Benavente, um na Chamusca e outro em Alcoentre).

O dispositivo conta com brigadas de ataque inicial e de ataque alargado posicionadas em quatro locais (Santarém, Chamusca, Alcoentre e Benavente), “pontos geográficos que dão alguma garantia de cobrir a malha da sub-região”, afirmou.

Além do meio aéreo que já deveria estar no Centro de Meios Aéreos situado no aeródromo de Santarém, a sub-região conta com um helicóptero da Afocelca estacionado no Médio Tejo, mas que dará apoio à Lezíria, e ainda com um helicóptero de reconhecimento, avaliação e coordenação da Força Aérea.

Para apoio ao combate, estarão disponíveis máquinas de rasto das Câmaras Municipais da Azambuja e de Rio Maior, para além da Afocelca e das que poderão ser mobilizadas pelas autarquias, adiantou.

A sub-região conta, ainda, com o apoio do sistema Ciclope, que tem câmaras de vigilância na Chamusca (em dois locais), Coruche (também em dois pontos), Benavente e Almeirim.

Hélder Silva salientou o trabalho que tem vindo a ser realizado ao nível da prevenção, saudando o facto de “começar a ser normal” a limpeza dos terrenos.

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