Entendimento entre CDU e PSD faz de Benavente o município com os impostos mais baixos na região

A Câmara Municipal de Benavente irá em 2025 aplicar as taxas de impostos mais baixas da região, fruto do entendimento entre os eleitos da CDU no executivo em funções, e o PSD, que permitiu também viabilizar o Orçamento para 2025.

A taxa da Derrama, que incide sobre o lucro das empresas, desce para 1,4%, para as empresas com lucro tributável acima dos 150 mil euros, ao invés dos atuais 1,5%.

A medida foi aprovada com os votos favoráveis da CDU, PSD e vereadora independente Milena Castro, e o voto contra do eleito do PS, que considera que esta medida não tem impacto nas empresas de pequena e média dimensão.

Para o PSD esta media tem como objetivo “aliviar a carga fiscal das empresas locais, incentivando a sua fixação, crescimento e a criação de novos postos de trabalho”, congratulando-se por isso com a sua aprovação.

A taxa de IRS irá manter-se nos 2,5%, metade da taxa que pode ser cobrada pelas autarquias, de 5%, numa medida que se mantém do ano passado, e que representa para a autarquia um rombo de 1,15Milhão de euros nos cofres.
Carlos Coutinho (CDU), Presidente da autarquia, em último mandato, alertou que esta medida não deverá ser exequível muito mais tempo, correndo a câmara o risco de ver as suas receitas e investimentos afetadas.

Outra das novidades para o próximo ano dos impostos municipais de Benavente é a entrada do IMI familiar, que acompanha a taxa mínima já em execução, de 0,30%.

Esta medida, proposta igualmente pelo PSD, que considera que “apoia diretamente as famílias do concelho”, “funcionando também como medida de apoio à natalidade”, irá permitir um desconto de 30 euros a famílias com um filho, 70 euros a famílias com 2 filhos e 140 euros a famílias com três ou mais dependentes.

O eleito do PS, Joseph Azevedo, absteve-se na votação, considerando que esta é uma medida que não chega a toda a população, deixando de fora, por exemplo, os idosos que também pagam IMI.

A entrada do IMI Familiar foi aprovada com os votos favoráveis CDU, PSD e vereadora independente Milena Castro e a abstenção do PS.