‘É necessário um plano de acção que minimize as intervenções mecânicas no rio Sorraia…’ afirma Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coruche.

28 Agosto 2019, 9:42 Não Por João Dinis

A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Fátima Galhardo, à esquerda na foto, abordou ao Notícias do Sorraia, a intervenção que está a acontecer no rio Sorraia, no combate à praga de jacintos de água, que nos últimos meses tem ocupado grande parte do leito do rio.

Fátima Galhardo começou por agradecer o empenho da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia nesta questão, ‘eu gostaria em primeiro lugar de deixar um agradecimento à Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia, na pessoa do engenheiro Núncio, porque realmente a postura que tem tido ao longo dos últimos dois anos, que foi a partir daí que nós, Municípios de Coruche e Benavente, temos tentado junto da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), mostrar a preocupação, a dimensão e a necessidade não só desta intervenção mecânica, e mais abrasiva, mas o esboçar de um plano de acção que seja ele também minimizador das intervenções mecânicas no rio’, salientando que esta preocupação de todas as entidades divididas mostra a responsabilidade que o seu município também tem nesta matéria, ‘esta postura prova a responsabilidade dividida que o Município de Coruche tem nesta matéria e também a responsabilidade de uma entidade que realmente, ao longo dos últimos anos tudo tem feito para salvaguardar aquele que é o seu bem maior, que é um recurso hídrico, atendendo ao perímetro hidro agrícola do Vale do Sorraia’, afirma a autarca.

Sendo o rio Sorraia um dos ex-libris de Coruche, é uma claramente uma das maiores preocupações do seu município, ‘realmente esta é uma grande preocupação do Município de Coruche, porque o nosso rio Sorraia atravessa vários concelhos, inclusivamente começando na zona de Mora, passando por Salvaterra, por Benavente e desaguando no rio Tejo, obviamente que o rio Sorraia é um dos rios de maior dimensão neste espaço, porque tem também a ladear grandes áreas agricultadas e obviamente que os nossos agricultores, a nossa sociedade civil está atenta à postura que o Município de Coruche tem, nomeadamente também à postura do nosso Presidente, Francisco Oliveira, que nos últimos anos tem feito um caminho, diria eu, no sentido de encontrar e desenhar um plano que possa ser minimizador desta espécie, que é característica de águas doces e que reflete também uma grande propensão ao seu desenvolvimento devido à existência de componentes azotados e fosfatados, uma vez que na proximidade os campos agrícolas também acabam por ter essa responsabilidade’, declarando que a agricultura é também fundamental para a economia do concelho, ’um espaço como o Vale do Sorraia, onde a agricultura tem um desenvolvimento extraordinário e onde nós identificamos e valorizamos por ser um concelho agrícola e agroindustrial e portanto como tal, a nossa postura irá sempre junto com a APA, com a Câmara de Benavente e com a Associação de Regantes encontrar uma estrutura que no futuro possa dar acções de maior educação ambiental de salvaguarda da sustentabilidade, não só para o recurso do ecossistema ribeirinho que é o rio Sorraia, também a sustentação das suas margens’, concluindo que além da questão ambiental, também existe uma preocupação com a segurança, sobretudo nas pontes e passagens sobre o Sorraia, ‘outra questão é a grande preocupação dos focos desta espécie, de jacinto de água, se fixarem junto aos pilares das pontes e criar efectivamente ali uma grande vulnerabilidade pela pressão que aí coloca e colocar essa estabilidade também em causa. Não é apenas o rio que é a nossa preocupação, mas tudo aquilo que é o próprio território do rio Sorraia e todo o nosso território que é Coruche’, concluiu.

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