Diretor do Agrupamento de Escolas Ginestal Machado incentiva pais a não apresentar queixas à PSP por furtos na escola

António Pina, diretor do Agrupamento de Escolas Ginestal Machado, em Santarém, incentivou os pais e encarregados de educação a não apresentar queixas à PSP por furtos ocorridos no interior do recinto escolar.

A informação foi veiculada via Whats App, na sequência de uma reunião com a direção e encarregados de educação, realizada em dezembro de 2024, após uma denúncia de um furto que ocorreu no interior da escola Mem Ramires, pertencente ao Agrupamento de Escolas Ginestal Machado, em que uma aluna terá subtraído uma pulseira a uma colega. O encarregado de educação apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública de Santarém, que resolveu a ocorrência.

“No que diz respeito a suspeitas de furtos , a direção pede aos EE que evitem queixas à PSP”, pode ler-se na mensagem que o diretor enviou aos encarregados de educação e que o NS teve acesso. António Pina justifica este pedido alegando que “muitas vezes os furtos são afinal perdas e há várias crianças com registo na polícia e consequente comunicado à CPCJ” e que “ao se encontrarem os pertences” as queixas não são retiradas.

O NS sabe que no interior da escola tem existido alguns problemas de segurança, com a ocorrência de vários furtos e de violência entre alunos, embora as situações sejam raramente reportadas às autoridades. Durante este ano letivo há apenas registo de duas situações de agressões entre alunos e a denúncia do furto da pulseira, já referida nesta notícia, para além de algumas situações de abandono escolar, segundo informou o Comando Distrital de Santarém da PSP ao nosso jornal.

O NS contactou, via telefone, a representante da associação de pais que se recusou a prestar qualquer declaração sobre o assunto. Também a direção do agrupamento foi contactada, via e-mail, no sentido de justificar o motivo de aconselhar os encarregados a não apresentar queixas formais junto das autoridades e que medidas estão a ser tomadas para mitigar os problemas existentes, mas até ao momento da publicação desta notícia não nos foi dada qualquer resposta.