Deputado António Filipe esteve em Benavente e ficou impressionado com a operação de combate à pandemia

20 Fevereiro 2021, 9:38 Não Por João Dinis

O deputado da bancada do Partido Comunista Português (PCP) na Assembleia da República, António Filipe esteve na tarde desta sexta-feira, 19 de Fevereiro, no concelho de Benavente, onde acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal, Carlos Coutinho e da vereadora Catarina Pinheiro Vale, fez uma visita às obras do Parque Ruy Luís Gomes, em Samora Correia e acompanhou também a operação montada pela Protecção Civil Municipal no combate à pandemia, visitando os Centros de Vacinação em Samora Correia e Benavente e o Comando Municipal de Protecção Civil, onde está montado todo o ‘cérebro’ da operação.

António Filipe salientou a muita qualidade da intervenção efectuada no Parque Ruy Luís Gomes “com o qual certamente os munícipes muito terão a beneficiar”, tendo este diversos espaços de lazer e desporto, para crianças e seniores, bem como uma alusão histórica, sendo que foi com a operação de combate à pandemia e apoio à população que este ficou mais impressionado, começando por destacar o facto de o município ter preparadas dois espaços para a vacinação, nos Centros Culturais de Samora Correia e Benavente, lamentando “a lentidão com que as vacinas estão a chegar à população”, que no seu entendimento resulta “obviamente da forma como ao nível da União Europeia foram negociados os contratos de aquisição das vacinas, com número reduzido de farmacêuticas, e a nível nacional pelo facto do Governo português ter se ter submetido exclusivamente à aquisição de vacinas por parte da União Europeia, em vez de diversificar a possibilidade de aquisição de vacinas como outros países, até da própria Europa estão a fazer”.

O deputado, que visitou também as instalações onde são efectuados e preparados os cabazes alimentares para garantir apoio às populações que neste momento particular foram afectadas por quebra de rendimentos e que carecem dessa ajuda para sobreviver.

António Filipe agradeceu à Câmara Municipal de Benavente ter proporcionado esta visita à própria estrutura de Protecção Civil onde tomou “contacto com a forma como está a funcionar, de uma forma integrada, para poder monitorizar em tempo real a situação que se vive, e intervir onde seja necessário”, revelando que esta foi “uma visita muito interessante”, pois possibilitou-lhe ficar “a saber da forma competente como a Câmara Municipal de Benavente está a actuar nesta nesta situação”, tendo também oportunidade de “dizer aos autarcas de Benavente que é a primeira visita que faço a este nível, tenho vindo a acompanhar a situação, particularmente no distrito de Santarém, em contacto com diversas entidades mas em termos de ter uma visão global daquilo que se está a fazer organizadamente a nível do município foi a primeira visita que tenho com esta abrangência.”

Questionado se levaria daqui algumas ideias para o país, o deputado não hesitou em responder “Levo levo”, afirmando que “creio que podemos dizer que se todos os municípios estivessem a funcionar com esta capacidade de articulação, porventura algumas situações muito graves que se passaram no país poderiam ter sido evitadas, ou pelo menos, podiam ter sido socorridas com maior prontidão”, dando o trabalho desenvolvido em Benavente como “um bom exemplo” para o país.
Creio que a forma como aqui se tem respondido a esta crise nos capacita para poder acorrer a situações que o futuro nos traga e que obriguem também a que haja um grande esforço e uma grande capacidade de intervenção”, salienta referindo que esta é “uma experiência que fica infelizmente”, mas que “pode ser útil no futuro.”

Sobre o processo de vacinação implementado no país, António Filipe entende que seria também útil integrar os municípios no processo de convocação, sendo que essa é também a opinião do município de Benavente, pois as autarquias têm “um conhecimento do terreno”.
Esta centralização das convocatórias pode levar a que pessoas de localidades muito dispersas tenham que se deslocar todas ao mesmo local no mesmo momento”, algo que não será benéfico nem para os utentes, nem para as equipas de vacinação, que vão ter um maior fluxo de pessoas ao mesmo tempo, pelo que uma integração das autarquias e das juntas de freguesia facilitaria a organização das convocatórias e até do transporte, esperando agora o deputado que as autoridades sanitárias venham a acolher a proposta ”certamente isso permitiria agilizar o processo, e sobretudo tornaria mais fácil a vida às pessoas que têm que se deslocar e muitas delas sabemos que são pessoas com grandes dificuldades”, concluiu.

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