“Corujas” reinventam-se para captar mais jovens para andar sobre rodas

Falar de patinagem e hóquei em patins no Vale do Sorraia é falar do Ginásio Clube de Coruche “Os Corujas”, um clube dedicado ao desporto sobre patins e que a cumprir 35 anos tem resistido ao longo dos anos, conquistando miúdos e graúdos para a prática desportiva.

Como todas as equipas desportivas, a pandemia afectou não só o clube, como a centena de atletas, que entre patinagem artística e hóquei, frequentam o Pavilhão Gimnodesportivo de Coruche, para a prática da sua modalide.

Enquanto os atletas se encontram confinados nas suas habitações, precavendo-se da pandemia da Covid-19, cumprindo ainda assim alguns treinos e desafios virtuais colocados pelos treinadores do clube, a Direcção procura encontrar novas formas de captar atletas para a modalidade, fazendo com que estes tenham também no clube uma forma de ocupar os seus tempos livres.

O Notícias do Sorraia esteve à conversa com José Capricho e Valter Peseiro, Presidente e Director dos “Corujas”, que nos explicaram que o último ano foi bastante difícil, não só para os atletas, que viram interrompida a sua actividade, bem como para a Direcção, que teve também que se reinventar na procura de aliciantes para dinamizar a formação e aumentar o número de atletas, sobretudo das camadas jovens.

“O nosso foco principal é a formação de jovens, quer enquanto atletas, quer enquanto seres humanos, com princípios e formação”, começam por nos referir, anunciando que o clube irá em breve adquirir uma nova viatura de transporte de pessoas, de modo a que possa garantir o transporte do espaço escolar para o Pavilhão Gimnodesportivo, onde os jovens podem praticar o desporto patinado, hóquei ou patinagem artística. “É esta também uma forma do clube auxiliar os pais, podermos transportar as crianças para o pavilhão, onde estarão uma, duas, ou mais horas a praticar desporto de forma saudável, é hoje em dia também uma mais-valia para os pais, que podem ver os seus filhos com o tempo livre ocupado, na prática de uma modalidade desportiva saudável”, dizem-nos.

Com o objectivo de aumentar o número de atletas de tenra idade, o clube irá permitir que durante dois meses os jovens não necessitem de pagar a mensalidade para poderem experimentar andar de patins. “Além dos dois meses de mensalidade grátis, iremos ter também atletas do clube a auxiliar os treinadores, e ter um contacto mais próximo com as crianças”, salientando que muitas vezes esse é um “ponto de encontro entre os jovens e que acaba por ser motivador para os mais velhos, que estão a ensinar os mais novos e para os que se iniciam, que contam com o apoio de um amigo que já possui experiência”, contam-nos.

Além de equipas de hóquei em patins masculinos, o clube gostaria de formar uma equipa jovem feminina, ou mista (que pode competir até ao escalão de juvenil), “o hóquei, embora possa muitas vezes ser comparado como um desporto mais violento, não é um desporto só para rapazes ou homens, gostávamos de ter raparigas a iniciarem-se na modalidade”, refere-nos José Capricho, que acrescenta que “um atleta pode perfeitamente praticar patinagem e hóquei em patins, são duas modalidades que se completam.”

Neste momento todas as competições estão em suspenso, e a aguardar o desconfinamento, sendo que a Direcção, que conta ter tudo preparado para o regresso do hóquei e da patinagem, continua o seu projecto de crescimento do clube, apostando na formação de jovens, que podem iniciar a prática da modalidade logo aos 3-4 anos de idade, contando a partir de agora com o apoio dos “Corujas” no transporte do espaço escolar para o Pavilhão, sempre em segurança e articulação com os seus encarregados de educação.

O clube deixa assim um repto a todas as crianças e aos seus pais, para que quando a modalidade puder ser praticada, que levem os seus filhos ao Pavilhão Gimnodesportivo, que terão ali todas as condições e equipamento para que estes tenham uma experiência numa das modalidades de maior expressão em Portugal e que tem conquistado muitos troféus.