Coruche à Mesa de 4 a 6 de Março nas Jornadas de Gastronomia

18 Fevereiro 2022, 9:28 Não Por Redacção

De 4 a 6 de Março, nove restaurantes de Coruche, levam às mesas o melhor da gastronomia de Coruche, tendo como mote e inspiração o livro “Coruche à Mesa e Outros Manjares”, editado por José Labaredas.

Os restaurantes Coruja Chef, Fonte de Pau, Coruchense, Cantinho da Sandra, Farnel, Ó Manel, Ponte da Coroa, Sabores de Coruche e Stein Grill, vão ter nas suas mesas pratos tão típicos e coruchenses como a sopa de feijão com couve, febra e cachola de azeite e vinagre, bacalhau assado com migas ou ensopado de borrego, tudo acompanhado de vinhos regionais e de muita animação musical.

Esta que é a 32ª edição das Jornadas de Gastronomia – Coruche à Mesa, pretende recordar a obra de José Labaredas e todo o legado deixado em Coruche por este, sobretudo na sua gastronomia, que este elevou a um patamar ainda hoje bastante dificíl de igualar.

Na mostra gastronómica estão presentes os mais genuínos sabores ribatejanos, mas também um toque da vizinha cozinha alentejana, evidente em pratos como bacalhau assado com açorda, entrecosto com migas, cabrito frito à lavrador, carne de porco de alguidar com migas do pingo ou ainda sável frito com açorda de ovas. Entre as propostas de pratos tradicionais, aliás registados no livro “Coruche à Mesa e Outros Manjares”, contam-se receitas como sopa de feijão-frade do Couço, açorda de sável, migas de batata com carne de porco, espetadas de vitela brava em pau de loureiro ou favada com nacos de vitela brava. À sobremesa não deverá faltar arroz doce, bolo branco e bolos de mel e nozes, entre outras delícias.

José Labaredas, que quis sobretudo homenagear a sua terra ribatejana no livro “Coruche à Mesa e outros Manjares”, caracteriza assim a gastronomia da região, “a nossa mesa tradicional entronca numa comum matriz transtagana, pois nos arrimamos fraternalmente ao Alentejo, colhendo e adaptando alguns dos mais saborosos nacos da sua lavra.” Além de incluir uma recolha exaustiva do receituário regional, a obra que este ano inspira as Jornadas é povoada por valiosas referências a pessoas e outros saberes, entre as quais um estudo erudito sobre a gastronomia em Gil Vicente.
São ainda publicados estudos sobre o fumeiro e os enchidos portugueses, as feijoadas lusas e até sobre a gastronomia na obra de Eça de Queiroz.

 Maior do que a erudição, só o amor e o afecto a Coruche e às suas gentes num belíssimo livro de gastronomia, portador de receitas que substantivam e perpetuam a alta alquimia de sabores de Coruche.

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