O município de Abrantes lidera o ‘ranking’ de desempenho financeiro entre os de média dimensão, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios relativo a 2024, resultado que o presidente da Câmara entende como “reconhecimento do trabalho exigente e responsável”.
“É um resultado que nos deixa orgulhosos do trabalho que temos vindo a fazer”, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos (PS), sublinhando que a distinção reflete uma gestão de “contas certas, rigor e competência” feita “ao longo dos últimos anos”.
O município de Abrantes, no distrito de Santarém, lidera o ‘ranking’ de desempenho financeiro entre os municípios de média dimensão em 2024, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, hoje divulgado no Porto, à frente de Tavira e Castelo Branco.
O autarca afirmou que a distinção “reforça a confiança” na política de gestão municipal que o executivo tem vindo a seguir.
“Este resultado é um estímulo para continuarmos este trabalho de contas certas, de rigor, de competência naquilo que fazemos do ponto de vista da administração dos nossos serviços públicos”, disse à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo o Anuário, elaborado pelo Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (CICF/IPCA) em parceria com a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e o Tribunal de Contas, entre os 308 municípios portugueses, apenas 86 obtiveram um nível considerado satisfatório de eficácia e eficiência financeira, atingindo pelo menos metade da pontuação total possível (1.900 pontos).
Para Valamatos, este reconhecimento “é motivo de orgulho e de satisfação”, porque “demonstra que é possível conjugar uma gestão rigorosa com investimento público relevante”.
O autarca destacou que “ter contas certas não significa ter muito ou pouco dinheiro, mas sim trabalhar com responsabilidade e cumprir regras e normas exigentes” de gestão.
“Estamos a fazer um conjunto de investimentos muito importantes e estruturantes no concelho, e conseguimos, apesar de tudo, manter contas certas. Isso é motivo de felicidade, de satisfação e de reconhecimento”, afirmou, acrescentando que o mérito “é coletivo, de todos os técnicos e profissionais do município”.
O presidente frisou ainda que “a estabilidade financeira do município permite continuar a investir e apoiar as pessoas e as instituições”, assegurando que a autarquia vai manter a prioridade em “investimentos estruturais que tenham futuro e impacto real na vida das populações”.
“Vamos continuar a fazer uma gestão com racionalidade e inteligência, cumprindo regras e normas, e isso deixa-nos satisfeitos, sobretudo quando o reconhecimento vem de entidades como o Tribunal de Contas ou da Ordem dos Contabilistas Certificados”, sublinhou.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2024 analisa o desempenho financeiro dos 308 municípios do país com base em dez indicadores, incluindo o índice de liquidez, o peso do passivo, o prazo médio de pagamentos e o índice de dívida total.
Nos municípios de grande dimensão, Sintra (Lisboa) lidera o ranking, seguida da Maia (Porto) e da Amadora (Lisboa). Nos de pequena dimensão, a liderança pertence a Óbidos (Leiria).
Segundo o relatório, “apenas 86 municípios alcançaram um nível satisfatório de eficácia e eficiência financeira”, sendo 13 de grande dimensão, 27 de média e 46 de pequena dimensão.
“Constata-se que os municípios de pequena dimensão são os que apresentam maior dificuldade em integrar o ‘ranking’ dos 100 melhores, devido ao baixo valor das receitas próprias”, conclui o documento.






